Estadao :: Apelou, Perdeu. Eu quero o Villa de volta!


“Movimento: Estadão, traz o Villa de volta”

O pessoal do Estadão tem que entender que o negócio não é bagunçado do jeito que eles pensam. Se não aguenta, bebe leite. Se não sabe brincar, não desce pro play.

Oras tivemos que aguentar, dias, meses, anos, os seus “acadêmicos amestrados” fazendo previsões. E ai, num momento como esse, em que eu até compraria – depois de séculos – um jornal na banca pra ler a opinião do Marco Antônio Villa, eles trocam de “analista”. Opiniões como:

É uma lição para 2010?

O PT vai pensar com mais cuidado na escolha de seu candidato para a Presidência. Será mesmo a Dilma Rousseff? Se alguém quiser dar nome a um poste, pode chamá-lo de Dilma. Ela nunca foi eleita para um cargo representativo, não tem experiência eleitoral. Como pretendem jogá-la na eleição de 2010, que se anuncia como a mais disputada da história republicana do Brasil?

Estadao.com.br :: Nacional :: ‘Candidatura de Dilma em 2010 está morta’, diz analista

SÃO PAULO – A candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República em 2010 está “natimorta” após o episódio do dossiê de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A afirmação é de Marco Antonio Villa, historiador e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Segundo o analista, com as denúncias, Dilma enfraqueceu e agora virou a “madrasta do dossiê”.

Dá um tempo. Ai não! Eu quero é o Villa. Eu quero é saber o que ele “acha”. Quero mais das suas “profecias”.

Pq de ciência, não tem nada.

Pesquisa reforça competitividade de Dilma, diz analista – Estadao.com.br

TOMAS OKUDA – Agencia Estado

SÃO PAULO – O resultado da pesquisa Datafolha sobre intenção de votos à eleição para a Presidência da República, divulgado hoje, confirma tendência de crescimento da pré-candidata pelo PT, Dilma Rousseff, verificada por outros institutos. A avaliação é do cientista político e pesquisador da PUC e FGV-SP, Marco Antônio Carvalho Teixeira. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cresceu cinco pontos nas pesquisas de intenção de voto de dezembro para fevereiro, atingindo 28%. No mesmo período, a parcela de intenção de votos para o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 37% para 32%.

De acordo com Carvalho Teixeira, a pesquisa sugere uma consolidação de intenção de votos na pré-candidata Dilma, “que se mostra extremamente competitiva, mesmo sem trajetória política e menor imagem pública do que Serra”. O cientista político acrescenta que o novo levantamento indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem conseguido transferir votos para a pré-candidata do PT, “colando sua imagem à dela”, diz.
Continuar lendo

Estadao :: Apelou, Perdeu. Eu quero o Villa de volta!


“Movimento: Estadão, traz o Villa de volta”

O pessoal do Estadão tem que entender que o negócio não é bagunçado do jeito que eles pensam. Se não aguenta, bebe leite. Se não sabe brincar, não desce pro play.

Oras tivemos que aguentar, dias, meses, anos, os seus “acadêmicos amestrados” fazendo previsões. E ai, num momento como esse, em que eu até compraria – depois de séculos – um jornal na banca pra ler a opinião do Marco Antônio Villa, eles trocam de “analista”. Opiniões como:

É uma lição para 2010?

O PT vai pensar com mais cuidado na escolha de seu candidato para a Presidência. Será mesmo a Dilma Rousseff? Se alguém quiser dar nome a um poste, pode chamá-lo de Dilma. Ela nunca foi eleita para um cargo representativo, não tem experiência eleitoral. Como pretendem jogá-la na eleição de 2010, que se anuncia como a mais disputada da história republicana do Brasil?

Estadao.com.br :: Nacional :: ‘Candidatura de Dilma em 2010 está morta’, diz analista

SÃO PAULO – A candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República em 2010 está “natimorta” após o episódio do dossiê de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A afirmação é de Marco Antonio Villa, historiador e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Segundo o analista, com as denúncias, Dilma enfraqueceu e agora virou a “madrasta do dossiê”.

Dá um tempo. Ai não! Eu quero é o Villa. Eu quero é saber o que ele “acha”. Quero mais das suas “profecias”.

Pq de ciência, não tem nada.

Pesquisa reforça competitividade de Dilma, diz analista – Estadao.com.br

TOMAS OKUDA – Agencia Estado

SÃO PAULO – O resultado da pesquisa Datafolha sobre intenção de votos à eleição para a Presidência da República, divulgado hoje, confirma tendência de crescimento da pré-candidata pelo PT, Dilma Rousseff, verificada por outros institutos. A avaliação é do cientista político e pesquisador da PUC e FGV-SP, Marco Antônio Carvalho Teixeira. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cresceu cinco pontos nas pesquisas de intenção de voto de dezembro para fevereiro, atingindo 28%. No mesmo período, a parcela de intenção de votos para o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 37% para 32%.

De acordo com Carvalho Teixeira, a pesquisa sugere uma consolidação de intenção de votos na pré-candidata Dilma, “que se mostra extremamente competitiva, mesmo sem trajetória política e menor imagem pública do que Serra”. O cientista político acrescenta que o novo levantamento indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem conseguido transferir votos para a pré-candidata do PT, “colando sua imagem à dela”, diz.

O pesquisador comenta, ainda, que a pesquisa deve ser motivo de preocupações para o PSDB. Isso porque a candidatura de Serra parece ter “empacado”, ficando sem força para subir. “A queda da intenção de votos em Serra não pode ser considerada significativa. Está sólida, mas apenas na faixa de eleitores que sempre são oposição ao governo.” Apesar de queda no desempenho, Carvalho Teixeira considera que Serra “dificilmente abrirá mão da candidatura a presidente, embora esteja deixando a decisão para o último minuto”. “Serra está com a intenção de votos cristalizada em um bom nível, mas parece ter dificuldades para atrair eleitores indecisos”, opina.

O levantamento Datafolha revela que, no primeiro turno, Serra obtém o maior índice de rejeição (25% ante 19% na pesquisa anterior, de dezembro). Em segundo lugar, Dilma, com 23%, em comparação com 21% em dezembro. “Esse é um dado importante para os formuladores da campanha de Serra, pois reforça a dificuldade de crescimento”.

Outra constatação do pesquisador é que a candidatura de Ciro Gomes (PSB) cada vez mais perde importância no processo sucessório, principalmente para o governo. “Ele (Ciro Gomes) já não é mais tão decisivo para a realização de um segundo turno.” Conforme a pesquisa Datafolha, em dezembro, sem o nome do PSB, havia possibilidade de Serra vencer no primeiro turno. O governador paulista tinha 40% ante 37% de Dilma e Marina somadas. Para vencer no primeiro turno, o candidato deve receber acima de 50% da soma de todos os votos dados aos adversários. “Ciro Gomes não embaralha mais tanto a disputa presidencial”, diz.

Mauricio Dias na CartaCapital :: Os enxadristas


Colunistas – CartaCapital

Os enxadristas

26/02/2010 20:16:38
Mauricio Dias

Lula e Aécio fazem um debate político mais sutil, à margem da artilharia pesada disparada por atores coadjuvantes da pré-campanha presidencial. No caso dessa disputa, a imagem surrada de peças se movendo em um tabuleiro de xadrez cai como luva. Vejamos.

Em mais de uma ocasião, entre 2007 e 2008, o presidente da República provocou o governador de Minas Gerais. Sugeriu a ele que abandonasse o PSDB e se filiasse ao PMDB, para viabilizar-se como candidato à sucessão presidencial de 2010. A última vez que falaram sobre isso foi em Belo Horizonte, na sala de estar do Palácio das Mangabeiras.

Aécio recusou, embora em alguns momentos tenha chegado a pensar na hipótese. Esbarrou em vários obstáculos. Um deles é a instabilidade do PMDB mineiro, que ainda sofre, ou sofria, na ocasião, uma influência considerável do ex-governador Newton Cardoso.

Mas será que Lula pretendia mesmo criar uma cobra que pudesse picá-lo? Claro que não. Ao contrário. O metalúrgico-enxadrista tentava plantar um aliado no terreiro do PMDB, parceiro inevitável da campanha de 2010. A chapa Dilma e Aécio não seria insuperável eleitoralmente?
Foi um lance não concluído, mas de preparação espetacular. Posteriormente, o presidente sacou da manga o nome de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, hoje filiado ao PMDB. Meirelles é uma peça a mais nesse tabuleiro. Aécio preferiu arriscar-se como aspirante a candidato no próprio ninho tucano. Perdeu. O risco, no entanto, era calculado. Para onde se deslocará o eixo de poder no PSDB se o governador Serra candidatar-se e for derrotado? O comando da oposição cairá nas mãos de Aécio e ele se firmará como alternativa insuperável para a eleição de 2014. A idade permite a ele mover-se com mais tempo.

Um adendo ao parágrafo acima: Aécio ainda pode ser procurado no sítio da família em Cláudio, para onde, às vezes, retira-se para descansos. O avô dele, Tancredo, também saía da cena política e ia para lá. Essa pequena cidade no Oeste de Minas é conhecida como a “cidade dos apelidos”. Ela própria talvez venha a ser chamada de Colombey-les-Deux-Églises, onde os franceses foram pedir a Charles De Gaulle para voltar e salvar a pátria. Os tucanos irão atrás dele para salvar o PSDB? Aécio Neves já fez pilhéria com essa metáfora política.

Mas ele também poderá voltar à disputa presidencial como vice de Serra? O governador mineiro teria, sem dúvida, muitas chances de aumentar a possibilidade de vitória do governador paulista.

Por receio desse movimento de Aécio, o presidente Lula fez um lance arriscado, surpreendente e, mais uma vez, brilhante. Fez uma mexida inesperada com uma peça não prevista. Lançou o vice-presidente José Alencar como alternativa para disputar o governo de Minas. O nome emblemático de Alencar deve ter abalado o governador, que tem a tarefa de garantir, com a enorme popularidade que tem no estado, a eleição do vice-governador dele, Antonio Anastasia. A partida não terminou. Mas também nem todos os lances desse jogo terão sequência imediata. O resultado da partida, para Lula e Aécio, transcende 2010.

::

Ordem unida
Manchetes dos três principais jornais brasileiros no sábado, 20 de fevereiro.
– Petistas decidem radicalizar projeto de governo de Dilma
(O Estado de S. Paulo)
– PT apresenta programa mais radical para Dilma
(Folha de S.Paulo)
– PT aprova programa radical para a campanha de Dilma
(O Globo)
Isso é para assustar os leitores. Nas propostas do PT, é possível colher algumas bobagens políticas, mas não há nada fora das regras democráticas.

::

Mandona
A Dilma o que é de Dilma

Pouco importa se a ministra Dilma Rousseff, em razão de sua candidatura à Presidência, seja vista como durona.

A oposição tenta colar essa imagem em Dilma e, com isso, causa
preocupações entre alguns petistas. Não foi por acaso que Fernando
Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, do núcleo
de coordenação da campanha da ministra, disse que Dilma “deve ser como é”, sem negar a fama de durona.

Na cultura machista, discriminadora, qualquer mulher que sair da sombra
e ascender profissionalmente tem de ser durona, uma “igual”, para se
ajustar ao imaginário atrofiado dos homens.

Ao saudar Dilma no Congresso do PT, o presidente Lula disse, sobre ela,
que ser “estatizante” e “durona” é “virtude”, e não “defeito”. É melhor
mesmo não distanciar a candidata da ministra. Ela é quem ela é.

O marqueteiro que tenta fazer o político se tornar campeão da simpatia,
às vésperas da eleição, deve meditar sobre um alerta do escritor
Rabelais, expressão: “O diabo quis ser monge, logo depois ficou bom e
voltou a ser diabo”.

Retocar a imagem enérgica e valente de Dilma é falsificação de identidade.

Continuar lendo

Mauricio Dias na CartaCapital :: Os enxadristas


Colunistas – CartaCapital

Os enxadristas

26/02/2010 20:16:38
Mauricio Dias

Lula e Aécio fazem um debate político mais sutil, à margem da artilharia pesada disparada por atores coadjuvantes da pré-campanha presidencial. No caso dessa disputa, a imagem surrada de peças se movendo em um tabuleiro de xadrez cai como luva. Vejamos.

Em mais de uma ocasião, entre 2007 e 2008, o presidente da República provocou o governador de Minas Gerais. Sugeriu a ele que abandonasse o PSDB e se filiasse ao PMDB, para viabilizar-se como candidato à sucessão presidencial de 2010. A última vez que falaram sobre isso foi em Belo Horizonte, na sala de estar do Palácio das Mangabeiras.

Aécio recusou, embora em alguns momentos tenha chegado a pensar na hipótese. Esbarrou em vários obstáculos. Um deles é a instabilidade do PMDB mineiro, que ainda sofre, ou sofria, na ocasião, uma influência considerável do ex-governador Newton Cardoso.

Mas será que Lula pretendia mesmo criar uma cobra que pudesse picá-lo? Claro que não. Ao contrário. O metalúrgico-enxadrista tentava plantar um aliado no terreiro do PMDB, parceiro inevitável da campanha de 2010. A chapa Dilma e Aécio não seria insuperável eleitoralmente?
Foi um lance não concluído, mas de preparação espetacular. Posteriormente, o presidente sacou da manga o nome de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, hoje filiado ao PMDB. Meirelles é uma peça a mais nesse tabuleiro. Aécio preferiu arriscar-se como aspirante a candidato no próprio ninho tucano. Perdeu. O risco, no entanto, era calculado. Para onde se deslocará o eixo de poder no PSDB se o governador Serra candidatar-se e for derrotado? O comando da oposição cairá nas mãos de Aécio e ele se firmará como alternativa insuperável para a eleição de 2014. A idade permite a ele mover-se com mais tempo.

Um adendo ao parágrafo acima: Aécio ainda pode ser procurado no sítio da família em Cláudio, para onde, às vezes, retira-se para descansos. O avô dele, Tancredo, também saía da cena política e ia para lá. Essa pequena cidade no Oeste de Minas é conhecida como a “cidade dos apelidos”. Ela própria talvez venha a ser chamada de Colombey-les-Deux-Églises, onde os franceses foram pedir a Charles De Gaulle para voltar e salvar a pátria. Os tucanos irão atrás dele para salvar o PSDB? Aécio Neves já fez pilhéria com essa metáfora política.

Mas ele também poderá voltar à disputa presidencial como vice de Serra? O governador mineiro teria, sem dúvida, muitas chances de aumentar a possibilidade de vitória do governador paulista.

Por receio desse movimento de Aécio, o presidente Lula fez um lance arriscado, surpreendente e, mais uma vez, brilhante. Fez uma mexida inesperada com uma peça não prevista. Lançou o vice-presidente José Alencar como alternativa para disputar o governo de Minas. O nome emblemático de Alencar deve ter abalado o governador, que tem a tarefa de garantir, com a enorme popularidade que tem no estado, a eleição do vice-governador dele, Antonio Anastasia. A partida não terminou. Mas também nem todos os lances desse jogo terão sequência imediata. O resultado da partida, para Lula e Aécio, transcende 2010.

::

Ordem unida
Manchetes dos três principais jornais brasileiros no sábado, 20 de fevereiro.
– Petistas decidem radicalizar projeto de governo de Dilma
(O Estado de S. Paulo)
– PT apresenta programa mais radical para Dilma
(Folha de S.Paulo)
– PT aprova programa radical para a campanha de Dilma
(O Globo)
Isso é para assustar os leitores. Nas propostas do PT, é possível colher algumas bobagens políticas, mas não há nada fora das regras democráticas.

::

Mandona
A Dilma o que é de Dilma

Pouco importa se a ministra Dilma Rousseff, em razão de sua candidatura à Presidência, seja vista como durona.

A oposição tenta colar essa imagem em Dilma e, com isso, causa
preocupações entre alguns petistas. Não foi por acaso que Fernando
Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, do núcleo
de coordenação da campanha da ministra, disse que Dilma “deve ser como é”, sem negar a fama de durona.

Na cultura machista, discriminadora, qualquer mulher que sair da sombra
e ascender profissionalmente tem de ser durona, uma “igual”, para se
ajustar ao imaginário atrofiado dos homens.

Ao saudar Dilma no Congresso do PT, o presidente Lula disse, sobre ela,
que ser “estatizante” e “durona” é “virtude”, e não “defeito”. É melhor
mesmo não distanciar a candidata da ministra. Ela é quem ela é.

O marqueteiro que tenta fazer o político se tornar campeão da simpatia,
às vésperas da eleição, deve meditar sobre um alerta do escritor
Rabelais, expressão: “O diabo quis ser monge, logo depois ficou bom e
voltou a ser diabo”.

Retocar a imagem enérgica e valente de Dilma é falsificação de identidade.


Andante Mosso

“Virgilizmo”?
O senador tucano Arthur Virgílio vai para o 11º ano consecutivo como líder do PSDB.
Ele assumiu a função em 1999, o mesmo ano em que Hugo Chávez chegou à Presidência da Venezuela.
O pau que dá em Chávez não funciona para ele mesmo?

Contaminação
O procurador-geral do governo Arruda, no Distrito Federal, é Marcelo Galvão.
Filho do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ilmar Galvão, o procurador é um dos seis nomes enviados pela OAB para ocupar a vaga de ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Marcelo e os demais cinco indicados foram rejeitados pelos ministros do STJ. A OAB terá
de fazer uma nova lista.

Tiro no pé
Por iniciativa da Assembleia Legislativa do Amazonas, o Tribunal Superior Eleitoral vai rediscutir o critério de distribuição de vagas para a Câmara dos Deputados.
Prevalece hoje a representação que expressa a população dividida por 513, que é a composição da Câmara, com o mínimo de 8 e o máximo de 70 parlamentares.
A discussão sobre as distorções na representação é recorrente.
Mas estabelecer o critério matemático como razão absoluta tem problemas. O deputado Flavio Dino (PCdoB) lembra que São Paulo, hoje com 70 deputados, poderia chegar a 140 e, com esse número, acabar com a Zona Franca de Manaus, de onde parte a iniciativa do debate.

Será a Benedita?
A reunião do novo Diretório Nacional do PT, marcada para o dia 5, tem um abacaxi para descascar.
Decidirá se a escolha do candidato do partido ao Senado, no Rio, será feita por meio de prévias, por 130 mil filiados, ou se por 400 delegados da convenção.
A definição estabelecerá a vaga disputada pela ex-senadora Benedita da Silva, mais forte nas prévias, e pelo prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, favorito na convenção.
O estatuto, já contestado nesse ponto, indica prévias para cargos majoritários.

Rejeição e simpatia I
Na contramão do porcentual alto de rejeição aos candidatos nos quatro cantos do País, estimulada pela sucessão de escândalos, é baixa a reação aos nomes que, até agora, aparecem como pré-candidatos ao governo de Minas (tabela na edição impressa).
“É quase um caso de amor”, brinca Ricardo Guedes, diretor da Sensus.
A pesquisa, realizada por ele em 19 de fevereiro, mostra que mesmo o nome de mais alto porcentual de rejeição na coluna “Não votaria” é pouco superior a 23%.

Rejeição e simpatia II
Tecnicamente, rejeição de até 35% significa que os candidatos estão dentro do jogo político.
“Isto traduz eleição aberta, em que o eleitor aceita a política como representativa de seus interesses. Estados onde rejeições passam de 40% há, em geral, pouca aceitação dos políticos”, explica Guedes.
A diferença é que, no primeiro caso, o eleitor escolhe o melhor, no segundo, o “menos pior”.

Rejeição e simpatia III
A tabela da pesquisa Sensus também mostra o prestígio do vice-presidente José Alencar no estado onde nasceu e se projetou como empresário.Alencar é um candidato potencial ao governo de Minas Gerais.
Opção de Lula, por razões de coração e de estratégia político-eleitoral.

Datafolha é um Terremoto Eleitoral para a Oposição


“Tendência clara no Datafolha. Mas a gente (blogs) já sabiamos né? Gráficos by VanderRF.”


Assim o Datafolha complica minha vida. Eu, que estou na tarefa inglória de tentar baixar o entusiasmo e evitar o salto-alto entre os apoiadores do Governo Lula e da campanha da Dilma.

Logo depois de publicar um sabão nos petistas exageradamente otimistas espalhados por ai (em blogs, twitter, jornais, botecos, etc). Sou solapado por um pesquisa inacreditável de tão positiva para a Dilma. Um terremoto eleitoral para as oposições.

Esqueçam a manchete da FSP, o indicie mais surpreendente é o da pesquisa espontânea:


“Dilma empata com o Lula na espontânea (voto certo e praticamente imutável)…”

E observem, o que o Tijolaço percebeu, ainda tem 10% do Lula (tinha 20% em 12/2009) que evaporou de dezembro pra fevereiro. Estranho não? Dez porcento que vai direto para os indecisos, sem transferência alguma. Mistérios.

“…e a Dilma, pode até ter passado Lula a 6 meses da eleição. Inacreditável!”

Mas permitamos o benefício da dúvida para o Datafolha, e se tiver alguma inconsistência, as urnas mostrarão. E é até melhor assim, fica uma gordura pra queimar na reta final.

De qualquer forma, uma pesquisa difícil pro Serra (o próprio PiG, já está chamando ele de avestruz. Mas eles já deviam estar acostumados), pro Aécio (aumentou ainda mais a pressão para aceitar ser vice, como previ aqui), pra oposição em geral (Tasso, Itamar, Katia Abreu, FHC? E agora quem poderá nos salvar?) e…

…pra mim. Que tento, modestamente, manter os ânimos controlados e baixar a bola dos “Dilmistas” (petistas já não explica mais né?).

Afinal o jogo só acaba qdo termina, não é mesmo?

Folha de S.Paulo – Vantagem de Serra sobre Dilma baixa para 4 pontos – 28/02/2010

Vantagem de Serra sobre Dilma baixa para 4 pontos

Em cenário com Ciro, tucano cai 5 pontos e vai a 32%, e petista sobe 5, para 28%

Candidato do PSB tem 12% e está estagnado, assim como Marina Silva, do PV, que mantém o patamar de 8% do levantamento anterior
Continuar lendo

Datafolha é um Terremoto Eleitoral para a Oposição


“Tendência clara no Datafolha. Mas a gente (blogs) já sabiamos né? Gráficos by VanderRF.”


Assim o Datafolha complica minha vida. Eu, que estou na tarefa inglória de tentar baixar o entusiasmo e evitar o salto-alto entre os apoiadores do Governo Lula e da campanha da Dilma.

Logo depois de publicar um sabão nos petistas exageradamente otimistas espalhados por ai (em blogs, twitter, jornais, botecos, etc). Sou solapado por um pesquisa inacreditável de tão positiva para a Dilma. Um terremoto eleitoral para as oposições.

Esqueçam a manchete da FSP, o indicie mais surpreendente é o da pesquisa espontânea:


“Dilma empata com o Lula na espontânea (voto certo e praticamente imutável)…”

E observem, o que o Tijolaço percebeu, ainda tem 10% do Lula (tinha 20% em 12/2009) que evaporou de dezembro pra fevereiro. Estranho não? Dez porcento que vai direto para os indecisos, sem transferência alguma. Mistérios.

“…e a Dilma, pode até ter passado Lula a 6 meses da eleição. Inacreditável!”

Mas permitamos o benefício da dúvida para o Datafolha, e se tiver alguma inconsistência, as urnas mostrarão. E é até melhor assim, fica uma gordura pra queimar na reta final.

De qualquer forma, uma pesquisa difícil pro Serra (o próprio PiG, já está chamando ele de avestruz. Mas eles já deviam estar acostumados), pro Aécio (aumentou ainda mais a pressão para aceitar ser vice, como previ aqui), pra oposição em geral (Tasso, Itamar, Katia Abreu, FHC? E agora quem poderá nos salvar?) e…

…pra mim. Que tento, modestamente, manter os ânimos controlados e baixar a bola dos “Dilmistas” (petistas já não explica mais né?).

Afinal o jogo só acaba qdo termina, não é mesmo?

Folha de S.Paulo – Vantagem de Serra sobre Dilma baixa para 4 pontos – 28/02/2010

Vantagem de Serra sobre Dilma baixa para 4 pontos

Em cenário com Ciro, tucano cai 5 pontos e vai a 32%, e petista sobe 5, para 28%

Candidato do PSB tem 12% e está estagnado, assim como Marina Silva, do PV, que mantém o patamar de 8% do levantamento anterior

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A pré-candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff, registrou crescimento de cinco pontos percentuais na sua taxa de intenções de voto de dezembro para cá. Atingiu 28% e encurtou de 14 para 4 pontos percentuais a distância que a separa de seu principal adversário, José Serra, do PSDB, hoje com 32%.

Esse é o principal resultado da pesquisa Datafolha realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro, com 2.623 pessoas de 16 anos ou mais. Confirmou-se a curva ascendente de Dilma, não importando o cenário nem quais são os candidatos em disputa.

Apesar do crescimento da petista, é impreciso dizer que o levantamento indica um empate estatístico entre Dilma e Serra. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os dois só estariam empatados tecnicamente em 30% na raríssima hipótese de o tucano estar no seu limite mínimo e sua adversária no limite máximo, segundo a estatística Renata Nunes, do Datafolha.

“A proximidade entre os candidatos é algo visível, mas mais importante nessa pesquisa é mostrar as curvas de alta da candidata do PT e de queda do candidato do PSDB -considerando os levantamentos anteriores”, diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

No cenário no qual Dilma está com 28% e Serra com 32%, Ciro Gomes (PSB) tem 12%. Marina Silva (PV), 8%. Os que votam em branco, nulo ou nenhum são 9%. Indecisos, 10%.

Ciro e Marina estagnados

A pesquisa também revela uma estagnação de Ciro e de Marina. Ambos tiveram exposição em fevereiro, quando seus partidos usaram os dez minutos a que têm direito em rede nacional de rádio e TV.

O efeito foi nulo. Ciro tinha 13% em dezembro. Agora, fica com 12%. Marina parou nos 8% -no cenário mais provável, no qual estão Serra e Dilma.

Os números do Datafolha dão pistas sobre os efeitos da eventual desistência de Ciro -algo desejado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em dezembro, sem o nome do PSB, havia a possibilidade de Serra vencer no primeiro turno: ele tinha 40% contra 37% de Dilma e Marina somadas. A eleição é liquidada na primeira votação quando alguém recebe acima de 50% da soma de todos os votos dados aos adversários.

Agora, deu-se uma inversão. Quando Ciro está fora, Serra tem 38%, contra 41% somados de Dilma e Marina. Fica mais remota a hipótese de o tucano vencer no primeiro turno. Registre-se que a petista cresce cinco pontos nos cenários principais, com ou sem Ciro.

Num teste com Aécio Neves sendo o candidato do PSDB as coisas ficam mais fáceis para Dilma. Ela lidera com 34% contra 18% do tucano em um cenário sem Ciro Gomes. Quando o nome do PSB está presente, a petista tem 30% contra 21% de Ciro -Aécio fica com 13%.

2º turno

Em dezembro, numa simulação de segundo turno, Serra estava com 49% contra 34% de Dilma. A vantagem de 15 pontos caiu para 4. Hoje, segundo o Datafolha, o tucano registra 45% contra 41% da petista. Em outro cenário de segundo turno, Dilma vence com 48% contra 26% do tucano Aécio Neves.

Todos os candidatos tiveram variação para cima nas suas taxas de rejeição, o que é comum quando o período eleitoral se aproxima. O destaque nesse trecho da pesquisa Datafolha é Serra, cujo percentual subiu de 19% em dezembro para 25% no atual levantamento.

Dilma oscilou de 21% para 23%. Ciro foi de 18% a 21%. Marina, de 17% para 19%.

Quando o Datafolha faz a pesquisa sem mostrar nomes, surge um dado revelador sobre a percepção do eleitor a respeito do processo sucessório: uma queda vertiginosa das menções ao presidente Lula.

O petista era citado espontaneamente por 27% dos eleitores em agosto. Caiu para 20% em dezembro. Agora, bateu em 10%. Apesar da sua popularidade recorde, Lula é cada vez menos citado “porque o eleitor está percebendo que ele não será candidato”, diz Mauro Paulino.

Na pesquisa espontânea, Dilma chegou a 10% (a mesma taxa de Lula), contra 7% de Serra.

Folha de S.Paulo – Análise: Desgaste de Serra ajuda crescimento de Dilma – 28/02/2010

Desgaste de Serra ajuda crescimento de Dilma

MAURO PAULINO
DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
ALESSANDRO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

A pesquisa Datafolha divulgada hoje revela que o crescimento de Dilma Rousseff reflete não só a transferência da popularidade de Lula como eventuais arranhões na imagem do governador José Serra.

Uma análise dos resultados permite supor que a oficialização da candidatura do PT e a maior exposição do apoio do presidente a Dilma não são os únicos fatores que explicam as mudanças. O desgaste da candidatura de Serra em estratos importantes do eleitorado também compõe o cenário.

O conhecimento de Dilma como candidata apoiada por Lula cresceu de 52% para 59%. Nos segmentos de menor renda e menor escolaridade, a taxa subiu oito pontos percentuais, mas ainda não é majoritária.
Há, aproximadamente, 14% de brasileiros que querem votar no candidato de Lula, mas não o fazem por desconhecê-lo. Em dezembro, eram 15%.

Já Serra perdeu cinco pontos percentuais -o prejuízo foi maior onde a aprovação do governo federal é expressiva.
Mas a perda de três pontos percentuais do tucano na região Sudeste talvez seja mais relevante, não só pelo peso político, como também estatístico. O Sudeste responde por aproximadamente 42% da população adulta do país. A vantagem de Serra para Dilma na região caiu de 22 para 14 pontos.

A taxa de rejeição é outro dado que pode confirmar o desgaste do tucano. Em dezembro, 19% diziam que não votariam em Serra de jeito nenhum. Agora, esse percentual é de 25%.

Neste momento, Serra e Dilma estão no mesmo patamar de intenções de voto. A partir do início da campanha, os eleitores irão compará-los, assim como farão com a imagem de Dilma e os atributos de Lula. Dessa empatia dependerá a concretização do potencial de transferência de votos de Lula.

Folha de S.Paulo – Lula mantém aprovação recorde, com 73% de ótimo/bom – 28/02/2010

Lula mantém aprovação recorde, com 73% de ótimo/bom

Petista é bem avaliado mesmo entre os eleitores de Serra; pior desempenho do presidente é entre os mais ricos e escolarizados

MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém inalterado o alto índice de popularidade, com aprovação de 73% da população, segundo pesquisa Datafolha feita nos dias 24 e 25.

O percentual apresentou uma mínima oscilação positiva, pois na pesquisa anterior do instituto, feita em dezembro de 2009, 72% dos eleitores entrevistados consideraram o governo ótimo ou bom. Trata-se do melhor desempenho de um presidente desde o início da série histórica feita pelo Datafolha, iniciada em 1990.

Entre os 2.623 entrevistados em todo o país, 20% consideram o governo do presidente regular e 5% péssimo ou ruim.

Lula apresenta popularidade expressiva mesmo entre eleitores que declararam voto em José Serra (PSDB) à Presidência (62% de ótimo/bom). Quando o voto do eleitor é para a ministra Dilma Rousseff (PT), a popularidade dele nesse nicho do eleitorado chega a 92%.

Além de intensificar as viagens pelo país como esteio da pré-campanha da ministra Dilma à Presidência, o que leva a uma superexposição na mídia, Lula também recebeu títulos e homenagens internacionais recentes, como o prêmio “Estadista do Ano” no final de janeiro, pelo Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).

Foi exatamente por conta da intensa agenda política ao lado de Dilma que, em 28 de janeiro, Lula foi vítima de uma crise de hipertensão (pressão arterial elevada) e viu-se obrigado pelos médicos a cancelar os compromissos pelo menos durante o final de semana. O susto não fez com que o presidente reduzisse o ritmo com o qual abraçou a pré-campanha de Dilma.

“Eleger a Dilma é a minha prioridade”, afirmou Lula, no discurso de fechamento do 4º Congresso Nacional do PT, no final de semana passado.

A pesquisa mostra a convergência entre aspectos da biografia de Lula, seu estilo popular de governo e sua popularidade. Lula tem melhor aceitação no Nordeste (84%), entre os que eleitores com ensino fundamental (77%) e na fatia daqueles que recebem até cinco salários mínimos (75%).

Em contrapartida, é entre os mais ricos, com ensino superior completo e que vivem no Sul do país que Lula apresenta os piores desempenhos.

Para 29% dos que ganham mais de dez salários mínimos, o governo é regular, enquanto 14% do mesmo segmento o consideram ruim ou péssimo. A aprovação é de 56%, 17 pontos percentuais abaixo da média nacional do presidente.

Na região Sul, 65% consideram o governo Lula ótimo ou bom, mas para 26% a administração do petista é regular e 7% a consideram péssima ou ruim.

A confortável popularidade de Lula destoa dos índices de 2005, auge da crise do mensalão, quando 29% diziam que o governo do presidente era péssimo ou ruim, 41%, regular, e 28%, ótimo ou bom.