Estadao agora transmite virus. Era só o que faltava


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Eu sai correndo de lá.

Estado versus mercado?

Ainda existe vida inteligente no PSDB?

Blog do Desemprego Zero » Blog Archive » Estado versus mercado?

Estado versus mercado?

Por Eduardo Gomes e Rodrigo Medeiros

Fonte: Monitor Mercantil

Desde Adam Smith (1723-1790), a suposta polarização entre Estado e mercado vem recebendo a atenção de diversos estudiosos de ciência econômica. Tratou-se de um filósofo moral que teceu uma poderosa crítica ao mercantilismo.

Alguns preferem exaltar de forma simplória as virtudes da “mão invisível” e ocultar as questões morais imersas na sua obra. Seus comentários sobre como o auto-interesse governa o mundo dificilmente são esquecidos.

Certamente ninguém duvida que em um sistema capitalista um indivíduo esteja mais bem servido pelo auto-interesse do que pelo altruísmo. As passagens de sua obra são claras: “Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas de seu cuidado pelos próprios interesses. Dirigimo-nos não à sua humanidade, mas a seu amor próprio de si mesmos, e nunca lhes falamos de nossas próprias necessidades, mas de suas vantagens”. Essas palavras foram muito bem acolhidas pela classe empresarial.

Como observador sagaz da natureza humana, Smith afirmou: “A sociedade, porém, não pode subsistir em meio àqueles que estão sempre prontos a ferir e a prejudicar uns aos outros. Se houver alguma sociedade entre ladrões e assassinos, eles precisam ao menos se abster de assassinar uns aos outros. A sociedade pode subsistir sem caridade, embora não seu estado mais favorável; mas o prevalecimento da injustiça irá destruí-la completamente”.

Em síntese, compreendia Smith que uma sociedade pode subsistir sem o amor ao próximo. No entanto, critérios de justiça social e sensatez política seriam necessários. Nesse sentido, causa espanto a miopia de alguns analistas da conjuntura quanto aos déficits fiscais atuais praticados mundo afora. Num momento em que os agentes privados estão orientados para a austeridade, os governos precisam compensar tal comportamento a partir da expansão planejada do gasto público.

Até mesmo nas suas duras críticas ao mercantilismo, Smith se mostrou moderado em relação às leis contra a usura. Ele compreendia haver relação entre poupança e investimento produtivo e por isso foi defensor de baixas taxas de juros. Taxas elevadas deixariam pouca margem para remunerar os riscos legítimos e socialmente recomendáveis. Sabe-se muito bem atualmente que em termos de câmbio uma moeda apreciada afeta de forma dramática as contas externas de um país em desenvolvimento.

John M. Keynes (1883-1946) posteriormente revolucionaria a teoria econômica estabelecida, que, por sua vez, negligenciava a existência do desemprego involuntário e a necessidade de medidas anticíclicas da parte dos condutores das políticas econômicas.

As incertezas do ciclo econômico recessivo poderiam ser administradas pelo exercício da inteligência humana, devendo a ciência econômica se transformar em guardiã das possibilidades da civilização. Falhas de mercado justificam inclusive políticas públicas de apoio à inovação.

Poupança e investimento são os dois lados da mesma moeda. Um sistema de crédito eficiente e eficaz torna-se necessário para que a formação bruta de capital fixo se constitua, a divisão do trabalho e os mecanismos de mercado se estendam e o nível dos empregos formais permaneça em patamares socialmente recomendáveis.

Eduardo Gomes

Deputado federal (PSDB-TO), é presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara.

Rodrigo Medeiros

Professor adjunto da Ufes.

Estado versus mercado?

Ainda existe vida inteligente no PSDB?

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Estado versus mercado?

Por Eduardo Gomes e Rodrigo Medeiros

Fonte: Monitor Mercantil

Desde Adam Smith (1723-1790), a suposta polarização entre Estado e mercado vem recebendo a atenção de diversos estudiosos de ciência econômica. Tratou-se de um filósofo moral que teceu uma poderosa crítica ao mercantilismo.

Alguns preferem exaltar de forma simplória as virtudes da “mão invisível” e ocultar as questões morais imersas na sua obra. Seus comentários sobre como o auto-interesse governa o mundo dificilmente são esquecidos.

Certamente ninguém duvida que em um sistema capitalista um indivíduo esteja mais bem servido pelo auto-interesse do que pelo altruísmo. As passagens de sua obra são claras: “Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas de seu cuidado pelos próprios interesses. Dirigimo-nos não à sua humanidade, mas a seu amor próprio de si mesmos, e nunca lhes falamos de nossas próprias necessidades, mas de suas vantagens”. Essas palavras foram muito bem acolhidas pela classe empresarial.

Como observador sagaz da natureza humana, Smith afirmou: “A sociedade, porém, não pode subsistir em meio àqueles que estão sempre prontos a ferir e a prejudicar uns aos outros. Se houver alguma sociedade entre ladrões e assassinos, eles precisam ao menos se abster de assassinar uns aos outros. A sociedade pode subsistir sem caridade, embora não seu estado mais favorável; mas o prevalecimento da injustiça irá destruí-la completamente”.

Em síntese, compreendia Smith que uma sociedade pode subsistir sem o amor ao próximo. No entanto, critérios de justiça social e sensatez política seriam necessários. Nesse sentido, causa espanto a miopia de alguns analistas da conjuntura quanto aos déficits fiscais atuais praticados mundo afora. Num momento em que os agentes privados estão orientados para a austeridade, os governos precisam compensar tal comportamento a partir da expansão planejada do gasto público.

Até mesmo nas suas duras críticas ao mercantilismo, Smith se mostrou moderado em relação às leis contra a usura. Ele compreendia haver relação entre poupança e investimento produtivo e por isso foi defensor de baixas taxas de juros. Taxas elevadas deixariam pouca margem para remunerar os riscos legítimos e socialmente recomendáveis. Sabe-se muito bem atualmente que em termos de câmbio uma moeda apreciada afeta de forma dramática as contas externas de um país em desenvolvimento.

John M. Keynes (1883-1946) posteriormente revolucionaria a teoria econômica estabelecida, que, por sua vez, negligenciava a existência do desemprego involuntário e a necessidade de medidas anticíclicas da parte dos condutores das políticas econômicas.

As incertezas do ciclo econômico recessivo poderiam ser administradas pelo exercício da inteligência humana, devendo a ciência econômica se transformar em guardiã das possibilidades da civilização. Falhas de mercado justificam inclusive políticas públicas de apoio à inovação.

Poupança e investimento são os dois lados da mesma moeda. Um sistema de crédito eficiente e eficaz torna-se necessário para que a formação bruta de capital fixo se constitua, a divisão do trabalho e os mecanismos de mercado se estendam e o nível dos empregos formais permaneça em patamares socialmente recomendáveis.

Eduardo Gomes

Deputado federal (PSDB-TO), é presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara.

Rodrigo Medeiros

Professor adjunto da Ufes.

Arminio Fraga parte pro ataque

Eu só gostaria que alguém do Governo lesse esse blog. Eu só posso dizer: -Eu avisei.

Armínio Fraga diz em CPI que dívida pública não é pequena e custa caro

Armínio Fraga diz em CPI que dívida pública não é pequena e custa caro

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga disse hoje (18), ao depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública, na Câmara dos Deputados que “a dívida pública brasileira não é pequena e custa caro aos cofres do país”, embora seja administrável.

Segundo ele, isso contraria, de certa forma, os que apregoam que a economia vai muito bem. A solução para o problema, para Fraga, passa pela redução do gasto público e da carga tributária.

Ele disse que o custo alto da dívida impede que o país invista em necessidades básicas como educação, saúde e segurança. Fraga citou que, com menos investimento, a economia nacional cresce pouco em relação à dos demais países emergentes. Além disso, a carência de crédito no mercado pressiona os juros para cima, enquanto a forte entrada de dólares pressiona a taxa de câmbio para baixo e forma um cenário que “dificulta a vida da indústria e da agricultura”.

Fraga afirmou que a dívida bruta do governo federal equivale, hoje, a mais de R$ 1,8 trilhão, o que representa 67% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, estimadas em R$ 2,950 trilhões no relatório de Política Fiscal de setembro, elaborado pelo Departamento Econômico do BC. Essa dívida acarreta despesa anual com juros de 5,6% do PIB, que somam o montante de R$ 165 bilhões, de acordo com o ex-presidente.

O vice-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) do Rio de Janeiro, o economista Paulo Sérgio Souto, também depôs na CPI da Dívida Pública e ressaltou que a administração da dívida pública “é altamente explosiva, causa instabilidade social e provoca graves deformações na vida administrativa do país”.

Souto citou como exemplo a questão da educação, que é defendida por todos como prioritária, mas esse privilégio não se reflete no Orçamento, que, no ano passado, destinou 2,57% dos gastos públicos para a educação. Ele destacou que a área de saúde ficou com 4,81% do total.

Segundo o presidente do Corecon-RJ, o país gastou R$ 268 bilhões, neste ano, contabilizados até o mês de outubro, com juros e amortização da dívida, o que corresponde a 13 vezes mais que os gastos com educação no mesmo período. Também foram gastos R$ 120 bilhões com pessoal ativo e inativo, mais R$ 161 bilhões com benefícios previdenciários. Ele disse que, “com isso, a dívida interna cresce sem parar”, tendo aumentado R$ 250 bilhões de janeiro a setembro, segundo suas contas.