Oleo do Diabo :: “Miriam não chora pelo Nordeste”



Óleo do Diabo: Miriam não chora pelo Nordeste

Miriam não chora pelo Nordeste

Esse gráfico é muito impressionante. Ele mostra o déficit nominal em relação ao PIB das principais economias, e o Brasil está no topo da pirâmide, ou seja, é um dos países menos endividados do mundo. Nem sempre foi assim. Fui dar uma espiada na coluna da urubóloga e, sem surpresa, vi que ela nem toca no assunto que constituiu o tema central da reunião do G20, que é a meta de reduzir os déficits fiscais até 2014.

Claro que ela não abordou o tema. Isso a forçaria a elogiar o Brasil! Ela não se constrangeu, todavia, e, mencionando o G20, deu um jeito de falar mal de Lula.

Miriam Leitão perdeu qualquer escrúpulo de coerência. Seu antilulismo é tão doentio, que há momentos em que seu texto se torna verdadeiramente incompreensível. Observem como ela abre a coluna de hoje:

A primeira linha do comunicado do G-20 é animadora. Diz que é o primeiro encontro de cúpula do grupo na sua nova capacidade de ser o mais importante fórum de cooperação econômica global. É um atestado de superação do G-8. O presidente Lula não estava lá. O Brasil perdeu peso político na conversa dos grandes e deu mais um sinal de como é errática sua política externa.

Ela começa o parágrafo elogiando o G-20, uma criação geopolítica da qual o atual governo participou ativamente, emite um muxoxo infantil sobre a ausência de Lula e conclui, numa piparote lógico de fazer Descartes dançar o rebolation em seu túmulo, que “o Brasil perdeu peso político na conversa dos grandes”. Perdeu porquê? Porque Lula faltou à reunião para monitorar a tragédia no Nordeste?

No finalzinho do texto, ela manda essa:

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Oleo do Diabo :: "Miriam não chora pelo Nordeste"



Óleo do Diabo: Miriam não chora pelo Nordeste

Miriam não chora pelo Nordeste

Esse gráfico é muito impressionante. Ele mostra o déficit nominal em relação ao PIB das principais economias, e o Brasil está no topo da pirâmide, ou seja, é um dos países menos endividados do mundo. Nem sempre foi assim. Fui dar uma espiada na coluna da urubóloga e, sem surpresa, vi que ela nem toca no assunto que constituiu o tema central da reunião do G20, que é a meta de reduzir os déficits fiscais até 2014.

Claro que ela não abordou o tema. Isso a forçaria a elogiar o Brasil! Ela não se constrangeu, todavia, e, mencionando o G20, deu um jeito de falar mal de Lula.

Miriam Leitão perdeu qualquer escrúpulo de coerência. Seu antilulismo é tão doentio, que há momentos em que seu texto se torna verdadeiramente incompreensível. Observem como ela abre a coluna de hoje:

A primeira linha do comunicado do G-20 é animadora. Diz que é o primeiro encontro de cúpula do grupo na sua nova capacidade de ser o mais importante fórum de cooperação econômica global. É um atestado de superação do G-8. O presidente Lula não estava lá. O Brasil perdeu peso político na conversa dos grandes e deu mais um sinal de como é errática sua política externa.

Ela começa o parágrafo elogiando o G-20, uma criação geopolítica da qual o atual governo participou ativamente, emite um muxoxo infantil sobre a ausência de Lula e conclui, numa piparote lógico de fazer Descartes dançar o rebolation em seu túmulo, que “o Brasil perdeu peso político na conversa dos grandes”. Perdeu porquê? Porque Lula faltou à reunião para monitorar a tragédia no Nordeste?

No finalzinho do texto, ela manda essa:


Há momentos em que a diplomacia brasileira faz esforços fortes no que não é tão decisivo, e outros momentos em que não aparece. O motivo apresentado foi que o presidente precisava coordenar as ações de ajuda ao Nordeste. A tragédia das chuvas foi grave, mas é o governo todo que precisa estar envolvido e o presidente poderia ter se ausentado, sem que isso significasse evidentemente interromper a ajuda às vítimas.

Não seria o contrário? Se o Brasil fez o seu dever de casa no G20, não pode ser muito bem representado, como o foi, por seu ministro da Fazenda, Guido Mantega? O que é mais importante, participar de burocráticos convescotes internacionais, onde Lula seria criticado de qualquer jeito (por viajar demais, etc) ou prestar apoio governamental e psicológico (com sua presença física) às vítimas de uma tragédia que vitimou a região mais pobre do país?

O raciocínio de Miriam é insensível e preconceituoso. Em virtude de sua economia frágil, a tragédia do Nordeste pode ter desdobramentos terríveis para milhões de pessoas. Prefeituras e governos estaduais tem estrutura precária e insuficiente para dar solução aos problemas urgentes que se multiplicam dia a dia. A burocracia emperra as verbas alocadas para levar auxílio às vítimas. Enfim, há uma série de fatores que pedem o monitoramento atento de um chefe de Estado preocupado com a população. Quando aconteceram as enchentes em São Paulo, José Serra, então governador, desapareceu do mapa, com medo de que sua imagem fosse associada a uma tragédia. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, igualmente escafedeu-se. Milhões de pessoas sofreram os efeitos da chuva sem que ao menos seu governante trouxesse palavras de conforto nem os informasse sobre as providência que estavam sendo tomadas. Durante semanas a fio, comunidades inteiras permaneceram submersas na lama pútrida, abandonadas pelas autoridades responsáveis. E nenhum colunista de jornal teve culhões para fazer a pergunta: “onde está José Serra?”

E agora, que Lula adota uma postura oposta e vai ao Nordeste e pisa na lama, e leva seus principais ministros para verem de perto o que aconteceu, Miriam Leitão diz que o presidente errou, que o certo era ele deixar sua equipe resolvendo o pepino, entrar no AeroLula e participar de coquetéis em Toronto, Canadá? Ora, é evidente que a presença de Lula, uma figura reverenciada como um mito no Nordeste, ajuda muito, em todos os sentidos. Ajuda a agilizar a liberação de verbas, cujo fluxo é atrasado por incompetência e insensibilidade burocrática; ajuda a trazer esperança e tranquilidade às vítimas, aliviadas por saber que Lula está monitorando pessoalmente a situação; melhora, enfim, a autoestima de todo país, que vê o Estado, na figura do funcionário público mais graduado da República, agindo efetivamente para reduzir os danos causados pela tragédia. O G20, afinal, é muito bom, mas não é comida.

Dezessete palavras, Cento e um caracteres

“Isso é medo de mostrar o Lula falando que é cabo eleitoral da Dilma? Calma, segundo o PSDB, a transferência já acabou.”

Foi a assim que o Jornal Nacional cobriu o novo encontro Brasil-Itália, dando seguimento à parceria estratégica assinada em abril, em que o presidente da República Federativa do Brasil, eleito democraticamente pelo povo brasileiro se encontrou com primeiro-ministro italiano, escolhido  pelo Presidente que é eleito democraticamente pelo povo italiano Parlamento (raios, raios duplos, Freud explica pq estou com a ideia de eleição indireta na cabeça?). Com 17 palavras, 101 caracteres. Convenhamos é um jornalismo de qualidade impar não?

Eu quase não assisto telejornais mais, ontem foi uma exceção, então me pergunto: É assim sempre? Se for, aviso a meus amigos, antes de discutir algum assunto comigo, vcs tem que me dizer como se informam. Se for via Globo ou Veja, me recuso a sequer iniciar qualquer tipo de discussão.

Eu odeio o Berlusconi, até suspeito que foi o próprio Planalto que pediu pra imprensa abafar o encontro. Vai ver foi isso.


Cá como lá « Sonia Racy

Cá como lá

29 de junho de 2010 | 17h36

Direto da fonte

O premiê italiano Silvio Berlusconi deu uma aula fechada segunda-feira à noite para 48 empresários ligados a comunidade italiana. Falou sobre… a economia brasileira.

Tudo certo, Berlusconi deu um show. O problema aconteceu depois. Ao encerrar sua palestra no Terraço Itália, à convite da Câmara Ítalo-Brasileira, anunciou que Dilma está eleita. E não contente com a colocação politicamente incorreta, sob olhar constrangido do cônsul-geral Mauro Marsili, o premiê emendou: “Depois dela, tenho certeza de que Lula volta”.

Qualquer semelhança com Lula dando opinião lá fora é mera coincidência.

Lula diz que não se importa em pedir votos para Dilma – politica – Estadao.com.br

Lula diz que não se importa em pedir votos para Dilma

Presidente também elogiou sua candidata, classificando a ex-ministra da Casa Civil de \”preparada e competente\”
29 de junho de 2010 | 16h 02
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Dezessete palavras, Cento e um caracteres

“Isso é medo de mostrar o Lula falando que é cabo eleitoral da Dilma? Calma, segundo o PSDB, a transferência já acabou.”

Foi a assim que o Jornal Nacional cobriu o novo encontro Brasil-Itália, dando seguimento à parceria estratégica assinada em abril, em que o presidente da República Federativa do Brasil, eleito democraticamente pelo povo brasileiro se encontrou com primeiro-ministro italiano, escolhido  pelo Presidente que é eleito democraticamente pelo povo italiano Parlamento (raios, raios duplos, Freud explica pq estou com a ideia de eleição indireta na cabeça?). Com 17 palavras, 101 caracteres. Convenhamos é um jornalismo de qualidade impar não?

Eu quase não assisto telejornais mais, ontem foi uma exceção, então me pergunto: É assim sempre? Se for, aviso a meus amigos, antes de discutir algum assunto comigo, vcs tem que me dizer como se informam. Se for via Globo ou Veja, me recuso a sequer iniciar qualquer tipo de discussão.

Eu odeio o Berlusconi, até suspeito que foi o próprio Planalto que pediu pra imprensa abafar o encontro. Vai ver foi isso.


Cá como lá « Sonia Racy

Cá como lá

29 de junho de 2010 | 17h36

Direto da fonte

O premiê italiano Silvio Berlusconi deu uma aula fechada segunda-feira à noite para 48 empresários ligados a comunidade italiana. Falou sobre… a economia brasileira.

Tudo certo, Berlusconi deu um show. O problema aconteceu depois. Ao encerrar sua palestra no Terraço Itália, à convite da Câmara Ítalo-Brasileira, anunciou que Dilma está eleita. E não contente com a colocação politicamente incorreta, sob olhar constrangido do cônsul-geral Mauro Marsili, o premiê emendou: “Depois dela, tenho certeza de que Lula volta”.

Qualquer semelhança com Lula dando opinião lá fora é mera coincidência.

Lula diz que não se importa em pedir votos para Dilma – politica – Estadao.com.br

Lula diz que não se importa em pedir votos para Dilma

Presidente também elogiou sua candidata, classificando a ex-ministra da Casa Civil de \”preparada e competente\”
29 de junho de 2010 | 16h 02

Francisdo Carlos de Assis e Wellington Bahnemann, da Agência Estado

SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 29, que a candidata do PT à sua sucessão, Dilma Rousseff, terá o direito de pleitear o segundo mandato, caso seja eleita nas eleições gerais de outubro. “Não me importo em ser simplesmente um cabo eleitoral para ela nessas eleições”, assegurou o presidente, em resposta a setores da oposição que alegam que a eventual vitória de Dilma abriria caminho para que ele voltasse ao poder em 2014. Além de descartar essa hipótese, Lula elogiou sua candidata, classificando a ex-ministra da Casa Civil de “preparada e competente”.

As declarações de Lula foram feitas em entrevista concedida após participar de encontro empresarial Brasil-Itália, na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na Capital, que contou, entre outros, com a presença do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Além de falar de política, o presidente confirmou o que já havia dito no artigo divulgado pelo site do jornal britânico Financial Times: que pretende se dedicar a iniciativas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população, em países da América Latina, Caribe e do continente africano, quando deixar a Presidência da República. Porém, ressaltou que é importante saber, primeiro, se as pessoas desses países estão dispostas a ouvir as experiências do Brasil.

Na sua avaliação, o Brasil conquistou um acúmulo de políticas sociais que devem ser partilhadas, é por essa razão que ele pretende dedicar parte de seu tempo a essas iniciativas. E frisou que é preciso deixar claro também que o Brasil não fará ingerências em outras nações. “Mas o Brasil tem acúmulo rico de experiências e pode ajudar outros países”, emendou.

Indagado se poderia pleitear o cargo de secretário-geral da ONU, Lula enfatizou que o posto não pode ser exercido por um político que tem influência junto a outros políticos, mas sim por um burocrata que saiba os limites de atuação, subordinado aos países que compõem essa organização.

Dilma no Roda Viva

A candidata à presidência pelo PT Dilma Rousseff participou nesta segunda-feira do programa Roda Viva, da TV Cultura. Segue um resumo dos principais assuntos abordados pela candidata no programa.

* Educação. Dilma reconheceu os avanços do governo Lula na área, como o piso salarial nacional dos professores, o Prouni e a construção das escolas técnicas. Ela disse que pretende avançar no ensino profissionalizante por meio da construção de novas escolas técnicas (tendo como meta que haja uma escola técnica em cada cidade com mais de 50 mil habitantes no Brasil). Além disso, Dilma defendeu maiores investimentos na formação dos professores, citando que o ideal é que cada professor de ensino fundamental e ensino médio tenham ensino superior completo. Defendeu ainda a atualização acadêmica dos professores.

* Economia, juros e Banco Central. Dilma afirmou que não faz sentido o Brasil adotar a mesma receita para combater os efeitos da crise financeira que os países desenvolvidos vêm adotanto. Ela defendeu a autonomia operacional do Banco Central, com manutenção do status ministerial ao presidente do Banco Central. Dilma afirmou que o Brasil caminha a passos céleres para a redução dos juros
e disse que para reduzir os juros de forma sustentável, o Brasil tem que continuar a reduzir a dívida líquida/PIB e o déficit nominal, além de continuar na trajetória de crescimento do PIB a uma média de 5,5%. A candidata descartou, no curto prazo, a hipótese de queda repentina dos juros em seu governo, pois com a atual conjuntura internacional seria
uma temeridade fazer isso.

* Impostos, competitividade e investimento. Dilma defendeu a desoneração de investimento e da folha de salário, além da uniformização do ICMS dado em um mesmo produto em todo o país. Ela defendeu ainda a diminuição e simplificação da carga tributária sobre o investimento (visando, dentre outros fatores, aumento da competitividade) e uma maior proporcionalidade da tributação.

* Distribuição de renda. Dilma afirmou que no governo Lula teve início um processo de distribuição de renda, em boa parte devidos aos programas sociais como Bolsa Família. Segundo ela, a renda dos ricos cresceu, mas a renda dos pobres cresceu a ritmo chinês nos últimos 8 anos. Além disso, Dilma enfatizou que temos que tirar da pobreza os que ainda estão nela, afirmando que a meta dela é erradicar a miséria até 2014 (considerando que estão na miséria os que ganham até um quarto de salário mínimo por mês).

* Saúde. Dilma disse que é um dos desafios que o país enfrenta, defendeu o programa de saúde da família e disse que a CPMF não volta, mas enfatizou que a queda da CPMF foi uma grande perda para a saúde, lembrando as palavras do ex-ministro da saúde Adib Jatene.

* Reforma política. Dilma defendeu a reforma política, com voto em lista e fortalecimento dos partidos, que seria realizada por uma constituinte específica. Defendeu também a
transparência nas doações eleitorais e o financiamento público de campanha.

* Lula. Dilma afirmou que o presidente sempre será uma das pessoas mais importantes desse processo, diz que deseja os conselhos do presidente, mas que crê que a atuação do Lula se
dará como ex-presidente.

* Aborto. Dilma não acredita que uma mulher seja a favor do aborto, mas defende que a questão seja tratada como assunto de saúde pública, que permita a mulher pobre fazer o tratamento na rede pública, pois não é possível que mulheres ricas possam ir a clínicas e mulheres pobres usem  métodos caseiros e perigosos como agulha de tricô.

* Experiência eleitoral. Sobre a questão do poste, levantada pelos entrevistadores, Dilma afirma que possui bastante experiência administrativa. Citou a sua presidência no Conselho da Petrobrás, sua atuação na secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, e sua atuação na área de energia como ministra. Ela concordou que não possui experiência eleitoral, mas afirma ver isso como vantagem, devido ao quadro atual de grande desgaste no quadro político brasileiro. Dilma entende que muitos queiram dizer que ela é um poste, mas isso não a torna um poste.

* Homossexuais. Dilma afirma ser a favor da união civil para pessoas do mesmo sexo. Ela fez questão de tratar o assunto separadamente do assunto do casamento, que é uma questão religiosa. Disse que direitos civis, como direito à herança e à aposentadoria, devem ser reconhecidos civilmente.

* Oposição. Dilma afirma que numa eleição deixamos claro as diferenças entre os políticos e seus projetos. Mas ninguém governa se não for para todos. Ela comentou que, se a oposição não for raivosa, dá para governar com todos os partidos.

Dilma no Roda Viva

A candidata à presidência pelo PT Dilma Rousseff participou nesta segunda-feira do programa Roda Viva, da TV Cultura. Segue um resumo dos principais assuntos abordados pela candidata no programa.

* Educação. Dilma reconheceu os avanços do governo Lula na área, como o piso salarial nacional dos professores, o Prouni e a construção das escolas técnicas. Ela disse que pretende avançar no ensino profissionalizante por meio da construção de novas escolas técnicas (tendo como meta que haja uma escola técnica em cada cidade com mais de 50 mil habitantes no Brasil). Além disso, Dilma defendeu maiores investimentos na formação dos professores, citando que o ideal é que cada professor de ensino fundamental e ensino médio tenham ensino superior completo. Defendeu ainda a atualização acadêmica dos professores.

* Economia, juros e Banco Central. Dilma afirmou que não faz sentido o Brasil adotar a mesma receita para combater os efeitos da crise financeira que os países desenvolvidos vêm adotanto. Ela defendeu a autonomia operacional do Banco Central, com manutenção do status ministerial ao presidente do Banco Central. Dilma afirmou que o Brasil caminha a passos céleres para a redução dos juros
e disse que para reduzir os juros de forma sustentável, o Brasil tem que continuar a reduzir a dívida líquida/PIB e o déficit nominal, além de continuar na trajetória de crescimento do PIB a uma média de 5,5%. A candidata descartou, no curto prazo, a hipótese de queda repentina dos juros em seu governo, pois com a atual conjuntura internacional seria
uma temeridade fazer isso.

* Impostos, competitividade e investimento. Dilma defendeu a desoneração de investimento e da folha de salário, além da uniformização do ICMS dado em um mesmo produto em todo o país. Ela defendeu ainda a diminuição e simplificação da carga tributária sobre o investimento (visando, dentre outros fatores, aumento da competitividade) e uma maior proporcionalidade da tributação.

* Distribuição de renda. Dilma afirmou que no governo Lula teve início um processo de distribuição de renda, em boa parte devidos aos programas sociais como Bolsa Família. Segundo ela, a renda dos ricos cresceu, mas a renda dos pobres cresceu a ritmo chinês nos últimos 8 anos. Além disso, Dilma enfatizou que temos que tirar da pobreza os que ainda estão nela, afirmando que a meta dela é erradicar a miséria até 2014 (considerando que estão na miséria os que ganham até um quarto de salário mínimo por mês).

* Saúde. Dilma disse que é um dos desafios que o país enfrenta, defendeu o programa de saúde da família e disse que a CPMF não volta, mas enfatizou que a queda da CPMF foi uma grande perda para a saúde, lembrando as palavras do ex-ministro da saúde Adib Jatene.

* Reforma política. Dilma defendeu a reforma política, com voto em lista e fortalecimento dos partidos, que seria realizada por uma constituinte específica. Defendeu também a
transparência nas doações eleitorais e o financiamento público de campanha.

* Lula. Dilma afirmou que o presidente sempre será uma das pessoas mais importantes desse processo, diz que deseja os conselhos do presidente, mas que crê que a atuação do Lula se
dará como ex-presidente.

* Aborto. Dilma não acredita que uma mulher seja a favor do aborto, mas defende que a questão seja tratada como assunto de saúde pública, que permita a mulher pobre fazer o tratamento na rede pública, pois não é possível que mulheres ricas possam ir a clínicas e mulheres pobres usem  métodos caseiros e perigosos como agulha de tricô.

* Experiência eleitoral. Sobre a questão do poste, levantada pelos entrevistadores, Dilma afirma que possui bastante experiência administrativa. Citou a sua presidência no Conselho da Petrobrás, sua atuação na secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, e sua atuação na área de energia como ministra. Ela concordou que não possui experiência eleitoral, mas afirma ver isso como vantagem, devido ao quadro atual de grande desgaste no quadro político brasileiro. Dilma entende que muitos queiram dizer que ela é um poste, mas isso não a torna um poste.

* Homossexuais. Dilma afirma ser a favor da união civil para pessoas do mesmo sexo. Ela fez questão de tratar o assunto separadamente do assunto do casamento, que é uma questão religiosa. Disse que direitos civis, como direito à herança e à aposentadoria, devem ser reconhecidos civilmente.

* Oposição. Dilma afirma que numa eleição deixamos claro as diferenças entre os políticos e seus projetos. Mas ninguém governa se não for para todos. Ela comentou que, se a oposição não for raivosa, dá para governar com todos os partidos.

O Nordeste pode decidir o 1º turno

 

A Região Nordeste é onde as pesquisas ainda apresentam maior diferença relativa em relação à última eleição, que já havia sido bem regionalizada. Mas é simultaneamente a região onde Dilma recebe maior intenção de voto (52%) e onde é menos conhecida (apenas 68%, ambos os dados da última Ibope.)

O gráfico (atualização de um anterior já postado aqui) apresenta a distribuição dos votos válidos no turno decisivo. As regiões com crescimento populacional vêem suas fatias nos anéis aumentarem em cada eleição.

Nota-se que a última pesquisa Ibope (21/junho) para o 2º turno já apresenta uma distribuição de votos muito parecida com a de 2006 na maioria dos casos. Exemplos: em 2002 o PSDB (Alckmin) obteve em SP 12,2% do total de votos brasileiros, e a extrapolação mais recente indica 11,9% para Serra. Em 2002 Lula obteve na Região Sul 7,3% dos votos válidos totais, e agora parece que Dilma receberá 6,9%.

No entanto, parece improvável que Serra venha a receber 10% dos votos totais no Nordeste, que é o que a última pesquisa aponta. Está fora do padrão histórico de crescimento do PT para essa região, talvez lembrança da relativamente boa votação em 2002. Por isso, é previsível que, quando aumentar o conhecimento do nome Dilma nessa região, cerca de 15% dos votos do Nordeste (equivalentes a 4% do total do Brasil) migrem de Serra para Dilma, independente de pequenos movimentos em outras regiões.

A concretização dessa transferência (algo como metade dos votos das pessoas que ainda não sabem que Dilma é candidata), que é possível para o período de campanha (17/ago – 01/out), pode determinar a eleição em apenas um turno.

Nas pesquisas o Nordeste ainda não acompanha o padrão histórico

O Nordeste pode decidir o 1º turno

A Região Nordeste é onde as pesquisas ainda apresentam maior diferença relativa em relação à última eleição, que já havia sido bem regionalizada. Mas é simultaneamente a região onde Dilma recebe maior intenção de voto (52%) e onde é menos conhecida (apenas 68%, ambos os dados da última Ibope.)

O gráfico (atualização de um anterior já postado aqui) apresenta a distribuição dos votos válidos no turno decisivo. As regiões com crescimento populacional vêem suas fatias nos anéis aumentarem em cada eleição.

Nota-se que a última pesquisa Ibope (21/junho) para o 2º turno já apresenta uma distribuição de votos muito parecida com a de 2006 na maioria dos casos. Exemplos: em 2002 o PSDB (Alckmin) obteve em SP 12,2% do total de votos brasileiros, e a extrapolação mais recente indica 11,9% para Serra. Em 2002 Lula obteve na Região Sul 7,3% dos votos válidos totais, e agora parece que Dilma receberá 6,9%.

No entanto, parece improvável que Serra venha a receber 10% dos votos totais no Nordeste, que é o que a última pesquisa aponta. Está fora do padrão histórico de crescimento do PT para essa região, talvez lembrança da relativamente boa votação em 2002. Por isso, é previsível que, quando aumentar o conhecimento do nome Dilma nessa região, cerca de 15% dos votos do Nordeste (equivalentes a 4% do total do Brasil) migrem de Serra para Dilma, independente de pequenos movimentos em outras regiões.

A concretização dessa transferência (algo como metade dos votos das pessoas que ainda não sabem que Dilma é candidata), que é possível para o período de campanha (17/ago – 01/out), pode determinar a eleição em apenas um turno.

Nas pesquisas o Nordeste ainda não acompanha o padrão histórico

Lula vs FHC – Tumblr

Povo, eu achei que todo mundo já conhecia o Tumblr Lula vs FHC. Parece que não. Não sei quem fez, espero que continuem postando.

Veja o arquivo: http://lulavsfhc.tumblr.com/archive Peça comparações: http://twitter.com/lulavsfhc ou eutenhomedodoserra@gmail.com 🙂

Eu já nem sei quem é FHC. E acho que os blogs (tumblr é outra coisa) não precisam perder tempo com isso (tenho certeza que o João Santana tem um exercito de estagiários consolidando essas infos).

O que os blogs tem que fazer é tentar antecipar as tendências, propor pontos aos programas dos candidatos e fazer uma análise mais detalhada da evolução dos indicies eleitorais (já que não se acha isso na mídia).

Mas quem insiste em bater em bêbado (FHC) é só visitar o tumblr acima.

Putz


“Atualizando :: Apresentação da Pesquisa, Integra só amanha.”


CNI/Ibope mostra Dilma Rousseff com 40% e José Serra com 35% – politica – Estadao.com.br

É a primeira vez que petista aparece à frente do tucano em uma pesquisa eleitoral acima da margem de erro

23 de junho de 2010 | 16h 00

Carol Pires e Rodrigo Alvares

BRASÍLIA – Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira, 23, mostra a presidenciável Dilma Rousseff (PT), à frente de José Serra (PSDB). A petista tem 40% das intenções de voto, contra 35% do tucano. A candidata do PV, Marina Silva, aparece com 9%. Mesmo depois de Serra estrelar os programas do PSDB, PPS e PTB ao longo do mês de junho, Dilma conseguiu correr na frente e aparece pela primeira vez em primeiro lugar.

Segundo levantamento do Ibope feito no início do mês a pedido do Estado e da TV Globo, Serra e Dilma tinham, cada um, 37% das preferências dos eleitores. Marina Silva somava 9%.

Foram entrevistados 2.002 eleitores de 18 a 21 de junho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.