Irã pode aceitar proposta do Brasil. E agora Obama? E agora capitulacionistas?

“Colunistas do Partido da Imprensa sequer olham no mapa antes de escrever sobre o Irã. É constrangedor.”

Como disse aqui a proposta que Celso fez ao Irã, na sua tão criticada tour pelo Oriente Médio (como se diplomatas não fossem seres treinados para fazer uma única coisa: conversar) foi uma proposta interessante. O Brasil forneceria o urânio à eles. Todos ganhariam. Bem, isso se vc for inocente o bastante pra acreditar que os militares dos EUA não querem a guerra. Eu acredito que eles querem a guerra, precisam dela, e estão a busca de um motivo. O que é um argumento estúpido, pois depois do factóide da existência de WMDs no Iraque, todo mundo bem informado sabe que isso é desnecessário, e as intenções americanas são bem claras.

E isso não é só uma questão para o Obama. É preciso parar de pensar na política nessa forma personalista e messiânica. Quem assistiu os “13 Dias que abalaram o Mundo” imaginam quem o Obama está na mesma posição que o JFK estava na crise dos mísseis em Cuba. É ele e mais dois cercados por falcões sedentos por guerra por todos os lados. Sem contar Israel e a AIPAC esticando a corda diariamente, torcendo por decisões que isolem Israel, e joguem todo aqueles eleitores mais de centristas no colo dos republicanos. Como no Brasil, depois da Reforma da Saúde, a recuperação da economia americana e a Reforma do Mercado Financeiro, essa é a única chance de retorno ao poder. Isso, é claro com o apoio e campanha da mídia mais conservadora (pelo menos nos redime saber que não é só no Brasil que é assim).

De qualquer forma vai ser interessante observar o comportamento dos colunistas brasileiros, especialistas em política internacional (entre outras coisas) se estrebucharem pra conseguir transformar isso numa decisão ruim, da política externa bolivariana criada pelo cabeção do Lula e magistralmente implementada pelo companheiro marxista Celso Amorim.

Não é. Esse é o Itamarati fazendo o que sempre soube fazer, conversando e procurando soluções inovadoras para a construção paz. A diferença é que as amarras que os governos anteriores criaram foram rompidas, subserviência aos países ricos saiu de cena e o agora os diplomatas tem tb o lastro de um político popular – mas não populista como tentam propagar – não só internamente, mas externamente pra fazer aquilo para o qual se prepararam arduamente durante anos. É a diplomacia que faz jus ao tamanho da potencialidade dessa Nação. E essa vibe, nenhum artigo de quinta feito por colunistas obtusos de jornalecos à beira da extinção vai conseguir tirar de nós.

A partir de hj, volto a ler os jornais diariamente, só pra assistir esse espetaculo. Sim sou, sádico. Adoro ver os capitulacionistas brasileiros sofrerem.

G1 – Presidente do Irã apoia proposta do Brasil para trocar combustível nuclear – notícias em Mundo

France Presse

05/05/2010 06h40 – Atualizado em 05/05/2010 08h07

Presidente do Irã apoia proposta do Brasil para trocar combustível nuclear

Ahmadinejad conversou com Hugo Chávez sobre a proposta brasileira.

Potências temem que Irã use seu programa atômico para fins militares.

Do G1, com agências internacionais

O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, anunciou nesta quarta-feira (5) aprovar um plano do Brasil que pretende superar as divergências sobre uma proposta da ONU para que Teerã possa obter combustível nuclear para um reator experimental, segundo a agência semioficial de notícias iraniana Fars.

As potências ocidentais e o Irã não chegaram a um acordo sobre a entrega do combustível nuclear que Teerã alega precisar para um reator experimental, em troca do urânio levemente enriquecido do Irã.

As negociações foram interrompidas depois que o Irã insistiu que os materiais deveriam ser trocados simultaneamente e dentro de suas fronteiras – condição rejeitada pelas potências ocidentais, que acusaram Teerã de dissimular sob um programa civil nuclear o desejo de produzir armamento atômico.

Em abril, o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim declarou durante uma visita a Teerã que o Brasil “poderia examinar” a possibilidade de ser sede da troca, caso existisse uma solicitação oficial.

Segundo o site de Amhadinejad, ele conversou por telefone na terça-feira com o presidente venezuelano Hugo Chávez sobre a proposta brasileira.

“O essencial das conversações entre Ahmadinejad e Chávez foi a aprovação por parte do presidente iraniano das bases da proposta brasileira”, destaca a página virtual, que não divulgou mais detalhes.

Em 27 de abril, Celso Amorim declarou à agência oficial iraniana Irna que o Brasil estudaria a possibilidade de ser a sede da troca de material nuclear em caso de solicitação de Teerã.

“Até agora não recebemos tal proposta, mas se fosse o caso, poderíamos examiná-la”, disse Amorim.

Antes de insistir nas condições da troca de combustível no Irã, Teerã havia manifestado que consideraria a possibilidade de que o intercâmbio acontecesse no Japão, Brasil, Turquia ou na ilha iraniana de Kish.

Não ficou claro se Ahmadinejad aceitou que a troca seja feita num terceiro país, o que representaria uma grande mudança na posição iraniana.

“Ahmadinejad também disse que as questões técnicas devem ser discutidas em Teerã”, disse a Fars.

O bloqueio das negociações fez com que Washington iniciasse gestões para aprovar uma quarta rodada de sanções na ONU contra Teerã.

Brasil, que é membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, defende o direito de o Irã de ter um programa nuclear civil, que para grande parte da comunidade internacional é apenas uma fachada para a fabricação de armas atômicas, o que Teerã nega.

2 comentários sobre “Irã pode aceitar proposta do Brasil. E agora Obama? E agora capitulacionistas?

  1. eu tentei ficar um mes sem ler a veja mas não consegui…acho que sou sado igual a vc…eu leio só para ficar com raiva e mostrando para todos como a revista mente

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