
“Lá vem o M-113 subindo o morro no lugar do #Caveirão. É da Marinha, não do Exército. Estranho né? Pois é.”
Mas eu fico irritado nessas horas é que por quatro anos sumiu do debate questões como reformar a Constituição para dar flexibilidade e permitir às Forças Armadas auxiliarem temporariamente na segurança pública, mudar a legislação penal (CPP e LEP principalmente), modernizar o sistema penitenciário como um todo, entre inúmeras outras medidas.
Eu sei que muitas dessa iniciativas estão no Congresso. E não é que é exatamente esse o problema? Agora tenho que aguentar políticos fazendo “carinha triste” na televisão.
Empurrar com a barriga temas espinhosos dá nisso. Cada um está colhendo o que plantou. Ou melhor, o que deixou de plantar.
24 de novembro de 2010
Violência no Rio. Confederação criminal favorecida pelo sistema penitenciário quer destruir UPPs
Tags:Confederação criminal, crime organizado, Sistema Penitenciário, Violência no Rio de Janeiro – walterfm1 às 11:471. Do interior dos presídios saíram as ordens para os ataques violentos e espetaculares que estão sendo executados no Rio de Janeiro: arrastões, explosões de bombas, incêndios de veículos automotores, roubos etc, etc.
Os ataques foram iniciados há dois meses e crescem em progressão aritmética.
Líderes encarcerados de duas organizações criminosas — Comando Vermelho (CV) e Amigo dos Amigos (ADA) — fizeram chegar, com visitantes na função de pombos-correio, ordens para, por ações rápidas como nas guerrilhas, difundir medo na população, desmoralizar as forças de ordem e abrir caminho para um acordo com o governo do Estado.
O estado do Rio de Janeiro possui, como o de São Paulo, organizações pré-mafiosas. Associações delinquências especiais que buscam o controle territorial e social.
No Rio, essas duas organizações criminosas conseguem se unir, como se percebe no momento, numa confederação criminal. E as milícias paramilitares, que também têm controle de território e social, dão apoio velado porque muitos dos seus membros são policiais.
Antes rivais, CV e ADA juntam-se para enfrentar o Estado. E o fazem como represália à política de implantação gradual das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). As UPPs, até agora, conseguiram, embora de forma lenta, reconquistar território e retomar o controle social nos morros do Rio de Janeiro. Por evidente, essas retomadas geram prejuízos financeiros para as organizações, cujo lucro é a sua única ideologia. Mais ainda, geraram, como esperado, a migração para outras localidades.
A formação dessa confederação criminal tem por meta evitar a expansão das UPPs.
Com os ataques, uma tática nada original em termos de organização de matriz mafiosa, a CV e o ADA, que já sentem o desfalque nos seus cofres de lucros ilícitos, pretendem abrir caminho para negociações com as autoridades estaduais, de modo a aliviar a situação prisional de líderes de facções e recuperar lucros com as drogas perdidos nos pontos de oferta.
2. O calcanhar de Aquiles com relação às UPPs está na falta de uma adequada política penitenciária nacional e num sistema prisional marcado pela entropia.
Não existem políticas ou planos de segurança pública que consigam dar tranquilidade social quando os líderes de organizações criminosas continuam a dar ordens de presídios e cadeias, que são recebidas pelos operadores criminais das bases.
Em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) já deixou o governo de joelhos e a população abandonou os postos de trabalho para se refugiar nos domicílios. Os ataques do PCC obedeceram a ordens saídas dos presídios e desmoralizaram a política de segurança pública do governador Geraldo Alckimin: a “herança maldida” foi deixada para o governo tampão do professor Cláudio Lembro.Como todos sabem, muitos dos presídios estaduais são controlados por organizações criminosas. Em São Paulo não se consegue implantar um sistema capaz de bloquear celulares. E no Rio e em São Paulo os presos se dedicam livremente a simular sequestros, por telefone. Esse tipo de engodo, com milhares de ligações, alcança sucesso quando, do outro lado da linha, estão pessoas idosas e crédulas.
No combate à Máfia, o primeiro grande passo foi tipificar, no Código Penal italiano (art.416-bis), essas organizações especiais, que são distintas de meras quadrilhas e bandos (art. 416, caput).
O segundo passo foi emendar o Código Penitenciário (art. 41 bis) de modo a isolar os chefões presos e efetivamente impedir que enviassem ordens. Para se ter idéia, as visitas eram filmadas e gravadas. Um vidro separava o visitante do preso visitado. Mais, a polícia penitenciária cuida da fiscalização. Não só dos presos. Também dos agentes penitenciários e diretores, que poderiam ser corrompidos.
No Brasil, nunca tivemos um código penitenciário nem políticas exitosas. Não contamos com uma polícia penitenciária: temos a civil, estadual e federal, a rodoviária, estadual e federal, a militar estadual e, até, a ferroviária federal. Não temos a penitenciária.
Wálter Fanganiello Maierovitch
Agora as coisas vão começar a ficar interessantes.
http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2010/11/mais_petroleo_na_amazonia_127351.html
A.D.A BOLADÃO
L.L.L
UPP É O CARALHO. NÓIS VAI VOLTAR PRA CASA. É BALA NELES.