Quer que eu Desenhe? :: Pq vc vai votar no Serra criatura?

 

“What’s wrong with u? #dia31vote13”

via “Barbarasdp.com

5 comentários sobre “Quer que eu Desenhe? :: Pq vc vai votar no Serra criatura?

  1. deveriam fazer um video de tiririca pedindo para nao votar no serra imagina como ia ser escroto…tiririca “Povo ..ô Povo num vota nesse abestado não. porque senão eu vou morrrreerrrr!!”””

  2. Vamos lá; não acredito que você leia isso antes das eleições, nem que isso mude sua posição política ou a de ninguém – não o pretendo. A verdade é que pouquíssimas pessoas estão dispostas a “mudar de opinião”; todos temos um fascínio próprio com a nossa argumentação e retórica, mas espero pelo menos dar-lhe algo para debater ao invés de ridicularizar. Quanto a esta questão da ridicularização: se você é realmente crítico do sensacionalismo (seja de quem for contra quem for), talvez evite um organograma no mínimo ofensivo como o acima “postado” de agora em diante, certo? Mas enfim, à discussão:

    Por que EU votarei no Serra?

    A começar, gostaria de esclarecer: não tenho partido, corrente política, tendências ideológicas neo-fascistas (como proposto pelo seu organograma) ou preconceito (racial/social/religioso). Sou, sim, da tão-criticada “classe alta” brasileira; moro em um bairro que tem saneamento, estudo economia numa faculdade particular e tive pouco interesse político durante minha infância (mandatos FHC), mas tenho, ainda assim, argumentos para o meu raciocínio que estou mais do que feliz em apresentar. Ademais, não citarei veículos de imprensa como a revista “Veja” e o jornal “O Globo” como minhas fontes, pois sei da parcialidade de ditas mídias, mesmo que contenham algum conteúdo verídico. Citarei aqui fontes outras para comprovar meus argumentos, e apresentarei diversos outros pelo depoimento de um amigo meu, Maurício.

    Comecemos, então, através de nosso corrente presidente, Luis Inácio Lula da Silva, e seu partido, o Partido dos Trabalhadores. O Lula, depois de Getúlio Vargas, é provavelmente o presidente mais representativo e carismático que o Brasil teve (o que, de forma alguma, é ruim). Em sua gestão, tivemos um bom aumento das políticas sociais, uma economia forte e diversas outras realizações que logo compararei com as do governo anterior, aquelas do PSDB e de Fernando Henrique Cardoso, e com as intenções do hoje candidato José Serra. Gostaria também de ressaltar o modelo econômico adotado pelo PT – com Palocci como Ministro da Fazenda – e o sucesso obtido na projeção internacional do Brasil. Agora, às comparações:

    De início, gostaria de discorrer sobre os investimentos sociais e a ascensão de famílias para acima da linha de pobreza, o que é considerado um dos maiores feitos do Governo Lula, e um dos maiores defeitos de seu antecessor. O projeto magno ao qual faço referência, primeiro, é o “Bolsa Família”, responsável por tirar muitas famílias da fome, da exploração e da miséria com quantias ínfimas de dinheiro (algo entre R$80 e R$180, se não me engano). Apoio, sim, o Bolsa Família, mas abaixo descrevo (por fontes) o seu surgimento.

    O Bolsa Família foi a consolidação dos programas Bolsa Escola, Auxílio Gás e Cartão Alimentação, todos idealizados e criados no Governo FHC como programas combinados de combate à pobreza e à miséria. O Bolsa Escola era administrado pelo Ministério da Educação, o Auxílio Gás pelo Ministério de Minas e Energia e o Cartão Alimentação pelo Ministério da Saúde. Por uma sugestão do então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ao Presidente Lula (PT), este unificou estes três programas e os juntou ao programa Fome Zero (este sendo a continuação do Programa Comunidade Solidária, criado em 1995 pelo governo anterior).¹

    O condensar destes programas no formato do Bolsa Família sofreu críticas quanto às falhas de gestão; houve aumento dos gastos públicos, pois Lula criou todo um Ministério para cuidar do programa, falhas de fiscalização e piora nos resultados esperados sobre os beneficiários do programa.

    “(…), o Programa Bolsa Família, começou com a unificação dos benefícios mas não com a infraestrutura e mecanismos para fiscalização das contrapartidas. No primeiro bimestre de funcionamento do programa, a informação das escolas sobre o acompanhamento dos alunos incluídos no programa, caiu 13%. Isso levou a uma série de críticas, especialmente declaradas pelo senador Cristovam Buarque sobre a falta de exigências e fiscalizações do programa.”²

    Mostra-se, então, que um dos grandes ícones de resultados apresentados no Governo Lula quanto às políticas sociais foi de fato idealizado e criado durante o governo Fernando Henrique. Hoje, o Brasil beneficia-se da ampliação de ditos projetos de ação social, sim, graças à criação do mesmo pelo partido que você – através de seu organograma – diz estar “pouco se fudendo para o bem-estar alheio”. Eu acho injusto dizer que o Lula e o PT não desenvolveram e/ou melhoraram o projeto do Bolsa Família (realmente contribuíram), mas acho que você está muito equivocado ao bancar o prosélito.

    Agora falemos da postura de José Serra para com as políticas sociais, citando outra fonte [aqui, Serra era Constituinte]: “(…)mas lutou pela criação do FINSOCIAL, fundo que destinaria recursos a programas sociais, e participou na criação dos fundos constitucionais regionais FPM e FPE, que destinam recursos para o desenvolvimento das regiões mais carentes, em especial Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Manifestou-se contra a expansão de isenções à Zona Franca de Manaus, que para ele obrigariam o restante do país a arcar com altos custos para manter poucos empregos.”³ Sei que a postura de Serra quanto à Bolsa Família já foi outra, mas hoje ele admite seus benefícios e quer ampliá-la, ou seja, a definição estereotipada dele parece estar um tanto obsoleta.

    [Agora vou citar, diretamente, um amigo meu, Maurício, para abordar os temas de fortalecimento econômico e monetário, a resiliência à maior crise econômica desde a de 1929 e o protagonismo internacional. Dito amigo tem pensamento semelhante ao meu]

    “A crise imobiliária norte-americana não afetou com tanta força, inicialmente, o Brasil, porque os bancos atuantes no nosso mercado não possuíam muitos ativos lastreados em hipotecas dos EUA. Não me lembro precisamente, mas creio que apenas 15% ou 20% dos ativos de risco no Brasil eram lastreados por papéis ligados às hipotecas. Com isso, a diversificação de portfólios permitiu que nossos bancos não sentissem tanta pressão deste momento inicial da crise.

    Posteriormente, a crise imobiliária se tornou uma crise de crédito. Em cenário de crise, os banco emprestam menos, os juros aumentam, com isso os investimentos ficam comprometidos. A crise de crédito afetou o Brasil diretamente, sim.

    No entanto, seus efeitos não foram tão catastróficos como poderiam ter sido em outros momentos da história, por conta da multilateralidade dos nossos acordos comerciais internacionais. O Brasil não estava mais tão ligado de forma quase que colonial à economia norte-americana. O Brasil já negociava de forma consolidada com diversos países e grupos econômicos ao redor do mundo.

    Como a crise se iniciou nos EUA e foi, com o aumento das proporções da crise em uma crise de crédito, se alastrando por todo o mundo, apesar se perceber esses efeitos, o Brasil teve seus impactos amortecidos, pois até a crise afetarem todos os nossos parceiros comerciais, e a nós mesmos, o mundo pode, em um esforço conjunto, tomar medidas para minimizar os efeitos da primeira.

    O que possibilitou este cenário no Brasil? O que fez com que ele pudesse resistir tão bem à crise?

    – Estabilização da moeda em ’94 com a criação do Plano Real pelo então Min. FHC.
    – A inserção do Brasil no G-20, permitindo maior multilateralidade nos acordos comerciais.
    – Avanço da diplomacia brasileira, concomitante com o ponto anterior, melhorando a imagem do Brasil no cenário internacional, adiquirindo novas frentes de comércio, deixando de ser tão dependente dos EUA.

    Durante o Governo FHC, o então Presidente FH bateu um recorde em viagens internacionais. Na época foi parodiado pelo Casseta & Planeta com o “Viajando Henrique Cardoso”.

    FH deixou o país 88 vezes para 121 viagens oficiais a 44 países.

    Em 31 de outubro de 2001, FH discursou na Assembléia Nacional da França, que apenas NOVE estrangeiros, NENHUM latino-americano, participaram em 210 anos. Seu discurso foi ovacionado e aplaudido por exatos 2 minutos e 40 segundos.

    FH participou da criação do G-20. Conquistou o apoio da Rússia e da Alemanha para a reforma do Conselho de Segurança da ONU, a fim de reivindicar uma vaga do Brasil nesse conselho.

    Soa familiar? Eu estaria sendo repetitivo ao dizer que Lula apenas continuou estes trabalhos e atribuiu crédito exclusivo de seus resultados à ele…

    “A conquista de novos mercados e a abertura de frentes de negócio foram incorporadas à agenda presidencial e orientaram os roteiros na Ásia, Rússia e Ucrânia, por exemplo. As viagens têm sido sincronizadas com seminários de negócios e rodadas entre empresários locais e brasileiros, que se deslocam, em comitivas próprias, sem despesas para o governo brasileiro, atrás de negócios lucrativos que as investidas diplomáticas do presidente possam possibilitar”.

    Estas foram as razões pelas quais o Brasil encarou “bem” a crise de 2008-09.

    TODAS elas conseqüências de medidas criadas, desenvolvidas, implementadas e consolidadas durante o Governo FHC.

    Qual foi o mérito que o Lula teve no desempenho do Brasil durante esta crise? O mérito de continuar o trabalho que Fernando Henrique Cardoso iniciou.

    Toda essa força econômica gerada nos anos do FHC também contribuíram para gerar resultados positivos durante o Governo Lula, como a expansão da agricultura familiar, das exportações, investimento, o que naturalmente irá gerar muitos empregos.

    Fontes:
    http://www.educacional.com.br/noticiacomentada/020326_not01.asp
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u450701.shtml

    [Agora, sobre o salário mínimo]

    Ajustando, o aumento de salário mínimo real durante:

    Governo Lula: 160,70%
    Governo FHC: 144,80%

    A análise do caso do Governo Lula está com base no fechamento de 2009, quando o salário mínimo era de R$465,00, pois ainda não temos a inflação do último trimestre de 2010.

    Mas sejamos justos novamente:

    Tomando como base o último ajuste salarial do Governo Lula para R$510,00 e considerando a inflação medida pelo IPCA até setembro, que está bem baixa e, em princípio, não teria motivos para sofrer uma elevação brusca até dezembro, temos o seguinte resultado.

    Governo Lula: 168,19%
    Governo FHC: 144,80%

    Isso porque cabe ressaltar que durante o primeiro ano de FHC o IPCA acumulado foi de 22,41% e durante o último foi de 12,53%

    Altíssimo para os padrões de hoje, mas lembremos o contraste:

    2.477,15% em 1993
    916,43% em 1994
    22,41% em 1995

    Sobre ’94 ainda vale ilustrar um contraste:

    jun/94 = 47,43%
    jul/94 = 6,84%

    Fora isso, o último ano, que teve uma inflação de 12,53% no acumulado do ano, vale contrastar que até set/2002 o IPC aculuado estava em 5,6%.

    Ao passo que apenas no último trimestre do Governo FHC o IPCA foi de 6,56%. O que aconteceu? Pânico!

    O aumento da popularidade de Lula nas pesquisas e as incertezas sobre o que um eventual Governo do PT poderia fazer com a economia fizeram o capital estrangeiro fugir em clima de “o último que sair apague a luz”. Tal evento fez com que o dólar disparasse na época das eleições, chegando a patamares históricos, elevando à inflação. Porém, quando o PT assumiu, Palocci disse para Lula que suas idéias eram insustentáveis e que o modelo econômico brasileiro deveria seguir a cartilha antiga do PSDB e seu Plano Real.

    Note que para fins de cálculo foi usado para outubro, novembro e dezembro uma projeção de IPCA de 0,38%, número este calculado a partir da média dos últimos 12 meses.

    Neste caso o aumento real do salário mínimo foi realmente superior.

    O restante do argumento ainda é válido, visto que ambos os governos tiveram políticas bastante consistentes em relação à elevação do salário mínimo.

    Ainda podemos considerar que durante o Governo FHC tivemos:

    – Crise do México 1995
    – Crise Asiática 1997-98
    – Crise Russa 1998-99
    – Crise Argentina 2001
    – Atentados de 11 de setembro 2001
    – Crise da Bolsa Americana 2001 (Escândalo da Enron/ Arthur Andersen)

    Todas essas crises contribuíram para que a inflação no período FH superassem a do período Lula.

    – As próprias eleições em 2002 contribuíram para a uma fuga de capital estrangeiro, elevando o valor do dólar à patamares históricos, como já mencionado, provocando um pico inflacionário de 12,53%.

    Só para trazer mais um fato à luz do debate:

    O motivo pelo qual as eleições e a perspectiva de Lula ser eleito provocaram essa fuga de capital foi o medo do investidor estrangeiro sobre quais seriam as medidas no plano econômico monetário a serem tomadas caso o Lula fosse eleito, por conta da constante e feroz oposição que o PT sempre fez às medidas econômicas propostas por seus adversários do PSDB.

    Como o Lula e o PT sempre se posicionaram contra o Plano Real e contra as Privatizações (que depois elogiaram repetidas vezes, ainda que indiretamente, ou mesmo sem saber que estavam elogiando), o Mercado Internacional estava receoso que ele pudesse re-estatizar empresas como Petrobras, Vale, Telebras, entre outras, ou mesmo voltar atrás com o Pano Real. Medidas estas que tinham sido visto com bons olhos no mundo inteiro, e que contribuíram para a robustêz econômica herdada pelo Lula.

    Vale ressaltar ainda que o período econômico 2002-2008 foi de franco crescimento e expansão no mundo inteiro. China projetava crescimentos de 10% e crescia 11%. Índia projetava 8%, crescia 10%.

    http://www.portalbrasil.net/salariominimo.htm
    http://www.portalbrasil.net/ipca.htm
    http://www.portalbrasil.net/indices_dolar.htm

    [Obs: Aqui concluem-se as observações de Maurício, com alguns adendos meus, e voltarei às minhas próprias análises para com outras questões em outro “post”. São 3:23 e cansei de escrever, por ora. Caso você queira responder a essas questões, desde já, ou propor outras, lidarei com elas e outras adiante. Mas enfim, nós ainda teremos muito a debater.]

    1. Ola. Parabens meu caro. Vc e uma minoria que ainda se dispoe a debater honestamente. Nao e o caso do seu candidato, q com o apoio da midia, optou pelas mentiras e baixarias.

      Nesse sentido a minha opcao pela satirizacao e so uma reacao a esses ataques.

      Sobre o q escreveu. Estou no smartphone, daqui a pouco passo para o notebook. Mas recomendo buscar na caixa ao lado sobre bolsa-familia e salario-minimo.

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