Mauro Paulino, num malabarismo patético, joga seu curriculo no lixo.


“Otavinho é um gênio. Desse ponto de vista, os herdeiros da Globo, até que são competentes.”

Não há o que ser dito, o artigo é o retrato do desastre. E tudo isso em vão. Marcos Coimbra, rola de rir. É o novo dono do pedaço.

Folha de S.Paulo – Mauro Paulino: De Collor a Dilma – 31/08/2010

MAURO PAULINO

De Collor a Dilma

Pesquisas feitas para Dilma buscam, como as de Collor, prever comportamentos

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O pós-Datafolha

A Vox foi encerrada dias 11 e 12/05 em alguns estados. A nacional encerrou dia 13. Parece que, em um momento de mudança, independentemente das inserções, dois dias fazem diferença e as estaduais da Vox foram, em geral, mais favoráveis a Serra que a pesquisa nacional (foram amostras diferentes.) A recente Sensus terminou a coleta dia 14 e captou algo de efeito do programa mais longo do PT.

O Datafolha surpreendeu hoje (22/05), mas pode apresentar os seguintes argumentos: 

a) Vox e Sensus captam um cenário “na média” mais favorável a Dilma por pequenas diferenças metodológicas. Em ambiente “constante”, os resultados seriam diferentes entre os institutos; em ambiente de crescimento de uma campanha, captariam antes; 

b) Se as próximas pesquisas de outros institutos ampliarem a vantagem de Dilma, será por causa do programa de 13/mai.; 

c) o DEM fará programa em 26/05, talvez elogiando a parceria com Serra. O PSDB fará programa em 16/06. Se houver pesquisa após isso, aí Serra talvez recupere algo da perda recente. 

É cedo, sem ocorrer campanha, para falar em vitória no 1º turno para qualquer um, embora haja uma tendência clara para isso. Obviamente seria necessário esperar que um candidato suplantasse a soma dos demais. Mas, comparando-se as pesquisas de 2º turno com as de 1º, nota-se que os votos de Marina se dividem mais ou menos igual (nas duas últimas pesquisas Dilma saiu levemente favorecida nisso.) 

Não é muito notado, mas nas pesquisas de 2º turno as oscilações são menores no tempo e entre os institutos. Desde o lançamento da candidatura de Dilma (25/fev.), esta sempre esteve entre 44% e 52% dos votos válidos. Serra entre 48% e 56%. 

Podemos olhar esse indicador no tempo, cobrindo um ano de campanha, sempre lembrando que, se um eleitor em 25 mudar de idéia, não se trata mais de 4%, posto que os indecisos já estão em patamar bem baixo, mas, sim, de 8% (essa é a razão porque, agora, os desenhos mostrando a “boca do jacaré” apresentam uma simetria, e não apenas uma candidatura caindo ou outra subindo.) 

Também temos que ter em mente os próximos passos do calendário das campanhas.

  

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PSDB acusa Sensus com dado errado. Mas essa não era a estratégia desde o começo?


“Erramos, mas foi sem querer-querendo, viu?”

Sem querer ser chato, mas eu falei que uma das estrategia da mídia brasileira é colocar um inimigo ou adversário num “estado de negação“. É a implementação que encontraram pra máxima política que se vc tem que explicar alguma coisa, só pode ser ruim pra vc.

De boas intenções o inferno está cheio. Oras, depois do Sensus passar a semana inteira respondendo o que não precisava ser explicado. O Datafolha passou batido naquela distorção. Bom, não estou falando que está certo ou errado, estou dizendo que a imagem do Datafolha está intacta e a do Sensus, bem vcs já sabem.

Se eu fosse o Marcos Coimbra, poria a barba de molho, vão tentar trucida-lo nessa proxima que está saindo ai.

Mas ando meio desanimado com o debate eleitoral. Queria estar discutindo pré-sal, educação, a epidemia do crack, inovação, ciência e tecnologia. Na teoria os candidatos dizem que não querem discutir pesquisa, mas na prática todo mundo só fala disso né?

Alguém viu esse debate por ai?  Não né? É só pesquisa vs pesquisa vs pesquisa. Até parece que os candidatos são o Marcos Coimbra, Marcos Paulino, Ricardo Guedes e o inexplicavelmente calado, Carlos Augusto Montenegro.

Folha de S.Paulo – PSDB acusa Sensus com dado errado – 22/04/2010

Em notícia-crime contra instituto, tucanos usam pesquisa feita em SC, e não a nacional

Diferença está no percentual de entrevistados com renda de até um salário; advogado reconhece erro e afirma que denúncia será reformulada
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Afinal, já dá para enxergar algo em pesquisas eleitorais? Sim. (por Gunter)

A “pesquisa do momento” é a Datafolha divulgada em 27/mar e analisada por Fernando Rodrigues, que é um grande conhecedor de históricos de pesquisas. Talvez para não comprometer a isenção, as análises dele e de outros na imprensa ou nos institutos ficam quase sempre na apresentação trivial do “quem-subiu-e-quem-caiu”. Por isso, quem as lê fica com a sensação de que falta algo. Porque tantas perguntas e tantos cenários são feitos, não é?

http://uolpolitica.blog.uol.com.br/

Podemos ir além dessa abordagem e ver que há dados e tendências, comuns a todos os institutos, mas pouco comentados. Mas quem for observador autônomo pode arriscar algumas conclusões também.

A . A candidatura Dilma foi a única com tendência de crescimento de longo prazo.

Não é necessário ser torcedor para afirmar isso, pois, simplesmente, é o único grande movimento que pôde ser observado e a explicação é que houve a falada “transferência”. Esta é uma campanha sem novidades, os potenciais candidatos são os mesmos nas pesquisas há mais de dois anos e os únicos eventos foram a substituição (por coincidência) de Heloísa Helena por Marina Silva e a aparente decisão do PSDB por Serra.

Movimentos “dois pra frente, um pra trás” são algo comum e não devem causar estranheza, até por que são resultados de amostragens, não de populações inteiras. Por isso, além de se olhar para as oscilações de curto prazo (as “árvores”), temos que observar as tendências de longo prazo (a “floresta”.) Haverá mais 25 a 40 pesquisas até as eleições, essa é a forma de acompanhá-las sem estresse.

Para “intenções de voto no 1º turno” há algumas macrotendências : 1) leve declínio ou estabilidade em 35% de Serra, a chamada “resiliência”; 2) crescimento em etapas para Dilma, talvez por fases de exposição, pois saber o nome é importante para o pesquisado; 3) e, resultante das duas primeiras, uma redução do espaço para candidaturas alternativas, concomitante com redução na quantidade de indecisos, brancos e nulos. Conclusão : a eleição parece estar caminhando para a polarização.