“A Bomba”
Eu publiquei aqui a notícia de 2009, quando o livro foi lançado. Comentaristas e colunistas por toda rede a ironizaram. E agora? Com o vazamento das correspondências secretas com o timbre da Embaixada Americana, qual será a reação deles? Sabemos que a maioria deles tem sonhos molhados com a possibilidade de morar em Miami – cada vez mais real devido ao câmbio sobrevalorizado – e quem sabem (oh…yeassss!) conseguir até um green card.
A publicação de um livro, uma obra acadêmica, acessível a todos, e não a construção de um projeto secreto, é um estratégia até inteligente de i) monstrar às outras nações que dominamos a tecnologia e possuímos capacidade humana, e provavelmente, técnica, de produzir uma bomba nuclear (rapidamente?) em caso de guerra, e, ii) justificar, intelectualmente, pesquisas nesse campo, afinal o discurso brasileiro sempre foi : “nós nos abstemos de produzir a bomba, mas não nos absteremos de pesquisar a tecnologia nuclear pra seu uso pacífico, principalmente, na energia e na saúde”. Ou seja, oficialmente, não desenvolvemos, não desenvolveremos, mas estamos estudando a fundo esses assuntos. E isso, ninguém pode nós proibir de fazer.
Se estiverem falando só da AL, alguém precisa avisar ao Chavez com seus caças Su-30 e SAMs S300V. E claro, não esqueçam de avisar à Colômbia, suas bases militares americanas e as frequentes dobradinhas com seus parceiros, Israel e EUA. E aqui, estamos discutindo a próxima escalação da seleção brasileira.
De qualquer forma, fico feliz em saber que os institutos militares, apesar da penúria criada pela miopia de tecnocratas combinada com a alienação estratégica de certos políticos, continuam pesquisando e produzindo. Mas falta uma perna, que a criação de um pulsante industria bélica, comprovadamente, a única forma sustentável de compensar massivos investimentos em defesa, principalmente, num país pobre como o nosso.
Disclaimer: Não há nesse blog, o menor vestígio daquela inocência eco-pacifista que tanto me influenciou nos anos 60 (apesar de ter nascido uma década e meia depois). Acho que a causa é estar envelhecendo mais rápido que os outros. E isso, como sabem, não é uma virtude. Mas, paciência, é a vida.
O brasileiro que decifrou a Bomba Atômica | Brasilianas.Org
O brasileiro que decifrou a bomba
Filipe Vilicic e Roberta Abreu Lima
Quem é e o que fez o físico do Instituto Militar de Engenharia para, segundo o WikiLeaks, preocupar os Estados Unidos e levar a ONU a investigar se o Brasil tentava produzir armas nucleares